Kamala Harris diz que Israel tem 'direito de se defender' do Hezbollah
Kamala Harris declarou, após se reunir com Netanyahu em Washington, que "não manterá silêncio" sobre as vítimas palestinas do conflito
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, provável candidata democrata à presidência, afirmou nesta terça-feira (30) que Israel tem "o direito de se defender", depois que o país atacou um reduto do grupo islamista Hezbollah no sul de Beirute, no Líbano.
Kamala, que na semana passada foi franca com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a guerra em Gaza, pediu também uma solução diplomática para reduzir o risco de um conflito mais amplo na fronteira entre Líbano e Israel.
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"Quero tratar do ocorrido nas últimas horas no Oriente Médio e deixar muito claro que Israel tem o direito de se defender", disse a vice-presidente aos jornalistas enquanto se dirigia a um evento eleitoral em Atlanta, na Geórgia.
Israel informou que o ataque desta terça tinha como alvo um comandante do Hezbollah, apontado como responsável pelo bombardeio que, no fim de semana, causou a morte de 12 menores no planalto sírio das Colinas de Golã, um território anexado por Israel.
"O que sabemos de concreto é que [Israel] tem o direito a se defender de uma organização terrorista, que é exatamente o que é o Hezbollah", afirmou Kamala.
"Mas, dito tudo isso, ainda devemos trabalhar em uma solução diplomática para pôr fim a esses ataques, e vamos continuar fazendo esse trabalho", completou.
Kamala aspira à indicação do Partido Democrata para ser a candidata presidencial nas eleições americanas de novembro, após a decisão do mandatário Joe Biden, de 81 anos, de deixar a disputa pelas críticas por sua idade.
Diante das especulações sobre se moderaria o apoio incondicional de Biden à guerra de Israel em Gaza, Kamala Harris declarou na semana passada, após se reunir com Netanyahu em Washington, que "não manterá silêncio" sobre as vítimas palestinas do conflito.
Kamala Harris disse que expressou a Netanyahu, que se reuniu em separado com ela e Biden, sua "profunda preocupação pela magnitude do sofrimento humano".