Kiev promete vingança por suposta execução de soldado ucraniano
O executado era um soldado da 30ª brigada mecanizada chamado Tymofiy Mykolayovych Shadur
As forças armadas de Kiev juraram, nesta terça-feira (7), vingar o suposto soldado ucraniano executado pelas forças russas após gritar "Glória à Ucrânia!", em um vídeo que viralizou nas redes sociais.
"Segundo dados preliminares, o executado é um soldado da 30ª brigada mecanizada, Tymofiy Mykolayovych Shadura", informou o exército ucraniano pelo Telegram nesta terça, um dia depois da divulgação do vídeo.
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"A confirmação final da identidade será estabelecida assim que o corpo for devolvido", acrescentaram no comunicado.
O porta-voz da brigada, Anatoly Yavorsky, disse à AFP que o soldado tinha 41 anos, foi recrutado em dezembro e veio da região de Zhytomyr.
A imprensa ucraniana, por outro lado, mencionou a identidade de outro homem.
O exército afirmou que "a vingança pelo nosso herói será inevitável".
"A vingança por nosso herói será inevitável", prometeu o Exército, assegurando que o falecido estava desaparecido desde 3 de fevereiro, quando lutava perto da cidade de Bakhmut, na região ucraniana do Donbass (leste).
Esta cidade é palco de uma intensa batalha entre as forças de Kiev e Moscou, a maior desde a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
Grande parte da cidade está atualmente em ruínas.
O vídeo, de 12 segundos, mostra um homem com uniforme militar desarmado, fumando um cigarro.
Outro homem, que não aparece, diz em russo: "filme-o".
"Glória à Ucrânia!", responde a vítima, que imediatamente é metralhada.
O homem por trás da câmera exclama: "Morra, desgraçado!".
A AFP não pôde verificar de maneira independente o local ou a data de gravação do vídeo, nem se elas mostravam um prisioneiro de guerra ucraniano, como afirmam as autoridades da Ucrânia.
O vídeo viralizou na segunda-feira (6) e as frases "Glória à Ucrânia" e "Glória aos heróis" se espalharam nas redes sociais.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu na segunda-feira "encontrar os assassinos", enquanto o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu uma investigação sobre o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Desde o começo da ofensiva, Moscou e Kiev já se acusaram várias vezes de executar prisioneiros de guerra.
As autoridades russas não comentaram o vídeo, mas o chefe do grupo Wagner, organização paramilitar que atua na linha de frente em Bakhmut, questionou sua autenticidade.
"Há alguma confirmação de que este vídeo não é uma montagem, há alguma prova de participação do (grupo) Wagner?”, questionou no Telegram.