Kim Kardashian exalta 'ex-condenada' que ela defendeu por nomeação como 'czarina do perdão'
Presidente americano escolheu Alice Johnson, cuja própria sentença foi 'apagada' dos registros
A empresária e influenciadora Kim Kardashian usou as redes sociais para parabenizar Alice Marie Johnson pela nomeação como uma espécie de "czarina do perdão" no governo Trump.
Anos depois de "apagar" a sentença de prisão perpétua contra a americana, durante seu primeiro mandato, o chefe da Casa Branca a escolheu para aconselhá-lo sobre questões de justiça criminal e apontar quais condenações e penas, como a dela, devem ser comutadas ou perdoadas.
O caso de Alice tornou-se um "grito de guerra" pela reforma do sistema criminal depois que um vídeo viral dela falando da prisão chamou a atenção de Kim Kardashian. Em 2018, a empresária e influenciadora defendeu pessoalmente a condenada para Trump no Salão Oval. Uma semana depois, Trump comutou a sentença da americana, que tinha então 63 anos.
Leia também
• Trump chama agência de notícias AP de 'organização de esquerda radical'
• Trump afirma que Rússia tem cartas para negociar fim da guerra na Ucrânia
• Trump reforça crítica aos países do Brics em discurso para governadores republicanos
Em 2020, enquanto fazia campanha para a reeleição, ele concedeu um perdão total, apagando a condenação de seu registro. Nesta sexta-feira, Kim Kardashian deu os parabéns e exaltou a nova função de Alice.
"Estou incrivelmente orgulhosa de você e mal posso esperar para ver todas as coisas boas que você vai fazer e todas as pessoas que você vai libertar [da prisão]", destacou Kim, na postagem.
Kim estuda se tornar advogada e trabalha para aumentar a conscientização a respeito da reforma da justiça criminal no país, da qual é defensora. O Reform Alliance ("Aliança Pela Reforma", em tradução livre), grupo do qual Kim faz parte, reúne filantropos e ativistas ao redor do mundo. Tudo começou em 2019, depois da prisão injusta do rapper americano Meek Mill, solto após pressão internacional.
O grupo de jovens influenciadores integram o "Conselho de Formadores do Futuro" da Aliança pela Reforma, criado por Kim.
Alice Johnson estava em uma prisão federal do Alabama desde 1996, após ser sentenciada à prisão perpétua mais 25 anos como uma infratora primária, por um crime sem violência. Ela foi condenada por porte de cocaína e lavagem de dinheiro em um caso de conspiração envolvendo drogas.
O caso de Alice ficou marcado como um exemplo de sentenças draconianas que afetaram desproporcionalmente infratores não violentos, particularmente mulheres e membros de grupos minoritários.
Alice Johnson está pronta para assumir formalmente um papel que desempenhou no final do primeiro mandato de Trump. O trabalho incluía, a pedido do republicano, enviar uma lista de pessoas que ela acreditava merecerem clemência. Trump disse que Alice agora o aconselharia sobre casos de pessoas condenadas por crimes não violentos que receberam sentenças que provavelmente não seriam proferidas hoje.
Trump anunciou a nomeação de Alice Johnson durante uma recepção em comemoração ao Mês da História Negra na Casa Branca, à qual ela compareceu.
— Sabe, Alice estava na prisão por fazer algo que hoje provavelmente nem seria processado — disse Trump em comentários para cerca de 400 pessoas durante o evento. — Ela passou 22 anos na prisão — 22 anos. Ela tinha mais 22 anos restantes [a cumprir de pena]. Você acredita?
Trump acrescentou que "isso não deveria ter acontecido", em referência ao caso de Alice. Ele disse que a mulher vai analisar situações semelhantes e prometeu "seguir as recomendações" dela.
O New York Times relatou anteriormente que Alice Johnson estava sendo considerado para tal papel.
O caso de Alice Johnson também levou Trump a promover um projeto de lei de reforma da justiça criminal, o First Step Act, a legislação sobre o tema que mais efetivou mudanças no sistema do país em décadas.