Guerra

Kremlin ameaça EUA com "consequências" após ataque ucraniano na Crimeia

Rússia afirma que o bombardeio de Sebastopol no domingo foi realizado com missões ATACMS fornecidas pelos Estados Unidos

Bombeiros trabalham para extinguir um incêndio no local de um ataque com mísseis russos em OdesaBombeiros trabalham para extinguir um incêndio no local de um ataque com mísseis russos em Odesa - Foto: Oleksandr Gimanov/AFP

O Kremlin ameaçou, nesta segunda-feira (24), os Estados Unidos com possíveis "consequências" e convocou a sua embaixadora na Rússia, um dia depois de um bombardeio ucraniano na Crimeia que, segundo Moscou, foi realizado com mísseis americanos.

O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, chamou o bombardeio de Sebastopol de “barbárie” e acusou Washington de “matar crianças russas”.

Duas das quatro vítimas do ataque à península anexada por Moscou em 2014 foram menores.

“É evidente que a participação dos Estados Unidos nos combates, a sua participação direta, que leva à morte de cidadãos russos, tem que ter consequências”, insistiu Peskov. “O tempo dirá quais”terão as consequências, acrescentou.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, anunciou que havia convocada Lynne Tracy, embaixadora dos EUA em Moscou, para informá-la sobre "medidas de represália".

Washington “tem a mesma responsabilidade que o regime de Kiev por esta atrocidade”, acrescentou depois em nota. O ataque “não ficará impune”, insistiu.

A Rússia afirma que o bombardeio de Sebastopol no domingo foi realizado com missões ATACMS fornecidas pelos Estados Unidos e carregadas com ogivas de fragmentação.

As autoridades nomeadas por Moscou na Crimeia afirmaram que os mísseis atingiram uma área com praias e hotéis na cidade portuária.

Em uma reunião com a mídia internacional no início do mês, o presidente russo, Vladimir Putin, criticou o envio de armas de longo alcance para a Ucrânia pelas potências ocidentais.

"Se alguém pensa que é possível fornecer estas armas a uma zona de guerra para atacar o nosso território (...), por que não temos o direito de enviar armas do mesmo tipo para regiões do mundo onde instalações sensíveis de países que agem contra a Rússia serão atingidas?", questionou.

“Ou seja, a resposta pode ser assimétrica. Vamos pensar nisso”, acrescentaram aos jornalistas.

Peskov também se referiu às declarações de Putin, que garantiu que os países ocidentais forneceram dados à Ucrânia para os bombardeios.

“A Crimeia é a Ucrânia”, insistiu Andrei Yermak, chefe do gabinete do presidente ucraniano, nesta segunda-feira.

Um conselheiro do presidente ucraniano, Mikhail Podoliak, sugeriu que a Crimeia era um alvo militar legítimo.

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