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Kremlin confirma encontro de cúpula entre Kim Jong-un e Vladimir Putin na Rússia

Isolados pelo Ocidente, líderes russo e norte-coreano buscam estreitar laços de cooperação em meio à invasão da Ucrânia

Kim Jong-un e Putin durante o último encontro entre os dois, em 2019Kim Jong-un e Putin durante o último encontro entre os dois, em 2019 - Foto: Alexander Zemlianichenko/AFP

O Kremlin confirmou, nesta segunda-feira (11), que o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, terá uma reunião de cúpula com Vladimir Putin "nos próximos dias" em solo russo. O encontro entre os líderes sancionados pelo Ocidente era objeto de especulação há dias, mas apenas agora foi confirmado oficialmente pela Presidência russa.

"A convite do presidente russo, Vladimir Putin, Kim Jong-un, chefe-de-Estado da República Democrática da Coreia, vai fazer uma visita oficial a Federação Russa nos próximos dias", informou o Kremlin em um comunicado nesta segunda-feira.

Agências de notícia na Coreia do Norte e do Sul comentaram sobre a viagem do líder norte-coreano também nesta segunda. De acordo com a YTN, de com sede em Seul, Kim já partiu de Pyongyang em um trem blindado com destino a Vladivostok, cidade na costa leste da Rússia onde decorre o Fórum Econômico Oriental.

Analistas ocidentais apontam que o reencontro entre Putin e Kim, o primeiro em solo russo desde 2019, tem como objetivo ampliar a parceria econômica e militar entre dois dos países mais isolados do mundo — principalmente após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, sujeitou o país do Leste Europeu a pesadas sanções.

Com a guerra ainda em curso e consumindo grandes quantidades de munição e equipamentos bélicos, Putin busca ampliar sua gama de fornecedores militares, enquanto a Kim espera conseguir fortalecer sua relação comercial com Moscou, especialmente no campo de alta tecnologia, segundo fontes internacionais.

Em julho, Putin elogiou o "firme apoio" de Pyongyang àquilo que a Rússia chama de operação militar especial na Ucrânia. A Rússia, um aliado histórico de Pyongyang, foi um apoiador crucial do país isolado durante décadas e os seus laços remontam à fundação da Coreia do Norte, há 75 anos.

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