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Coronavírus

Laboratório identifica primeiro caso brasileiro da XBB.1.5, a variante mais transmissível da Covid

A subvariante foi identificada em uma mulher, de 54 anos, moradora de Indaiatuba, no interior de São Paulo

Vírus da Covid-19Vírus da Covid-19 - Foto: Pixabay

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A rede de saúde integrada Dasa informou nesta quinta-feira (5) que identificou o primeiro caso de paciente infectado com a subvariante da ômicron XBB.1.5 no Brasil. Trata-se da versão mais transmissível da Covid-19 conhecida até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e que já representa cerca de 40% dos casos de coronavírus nos Estados Unidos.

A subvariante foi identificada em uma mulher, de 54 anos, moradora de Indaiatuba, no interior de São Paulo. Segundo José Eduardo Levi, virologista da Dasa, foi o único caso detectado entre as 1,6 mil amostras sequenciadas pela rede de saúde integrada no mês de novembro de 2022.

Dentre as amostras que sequenciamos, encontramos 33 casos de variante XBB, mas só um era da XBB.1.5 diz o virologista. Essa subvariante tem sido apontada como a mais transmissível de todas e é bastante eficiente em escapar dos anticorpos, seja por resposta imune ou por vacina.

Segundo Levi, a subvariante pode ter sido "importada ou autóctone". Mas com certeza não é evolução convergente, ou seja, que se desenvolveu aqui, no Brasil. O especialista afirma, ainda, que há "evidências indiretas" de que, atualmente, de 20% a 30% dos casos de Covid-19 ocorridos no fim de dezembro e no começo de janeiro são da variante XBB. É possível, diz ele, que haja um percentual maior da XBB.1.5, mas a informação precisa ser comprovada por sequenciamento.

Em termos clínicos, não é algo preocupante. Não é uma doença diferente, e nos lugares onde ela está expandindo, a gente não vê um aumento do número total de casos. Portanto, não está causando uma nova onda ou gerando um aumento desproporcional de internações, hospitalizações e mortes.

Mais transmissível
A XBB.1.5 tem se tornado predominante nos EUA. Hoje, a subvariante já representa 40,5% dos casos no país, segundo a última atualização do monitoramento realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). No Brasil, as versões BQ.1 e BQ.1.1 da Ômicron são predominantes atualmente.

Em coletiva de imprensa nesta quarta (4), a epidemiologista-chefe da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou que a XBB.1.5 é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até agora. A linhagem já foi registrada em 29 países, mas pode estar circulando em mais lugares sem ter sido detectada devido à redução no sequenciamento de amostras do novo coronavírus, diz a especialista.

É a subvariante mais transmissível já detectada até agora. A razão para isso são as mutações que estão dentro dessa subvariante da Ômicron, permitindo a esse vírus aderir à célula e se replicar facilmente. Estamos preocupados com a sua vantagem de crescimento, em particular em países europeus e nos Estados Unidos disse.

Segundo Maria, não há dados ainda sobre a severidade da subvariante, mas não há indicativo de que ela provoque quadros mais graves da doença do que outras sublinhagens da Ômicron.

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