Lágrimas de sangue: saiba a condição que fazia o Drácula da vida real chorar o líquido vermelho
Pesquisadores italianos apontam que Vlad, o Empalador foi acometido por uma condição rara no fim da sua vida
Uma das figuras mais marcantes e comentadas da cultura ocidental, o Drácula, personagem criado pelo escritor Bram Stoker em seu livro de 1897, é um vampiro que narra a sua história em um diário. Pesquisadores acreditam que ele foi inspirado no príncipe romeno conhecido como Vlad, o Empalador, que viveu no século XV.
Em um novo estudo, publicado na revista ACS Analytical Chemistry, pesquisadores da Universidade da Catânia, na Itália, descobriram mais detalhes sobre a história de vida do membro da realeza. O objeto de pesquisa da equipe é uma carta, datada de 4 de agosto de 1475, escrita por um homem que se descreve no texto como o "príncipe das regiões transalpinas" (o castelo do príncipe era localizado na Transilvânia, região da Romênia). Na assinatura aparece o nome Vad Drácula.
Ao trabalhar com a análise das 'biomoléculas históricas', ou seja, sangue, suor, impressões digitais e saliva deixadas no documento, os cientistas descobriram que o príncipe pode ter sido acometido por uma condição de saúde chamada de hemolacria, na qual a pessoa chora sangue.
Leia também
• "Superalimento": novo estudo revela benefícios do cardamomo; veja quanto consumir
• Infecção urinária: conheça os sintomas da doença que em 80% dos casos afeta as mulheres
• Inflamação x Infecção: entenda qual a diferença entre os casos
O professor Vincenzo Cunsolo, que liderou o estudo, afirma, em entrevista ao Daily Mail, que Vlad desenvolveu o fenômeno clínico raro nos últimos anos de sua vida.
O que causa a hemolacria?
Ainda que pareça preocupante, a condição é benigna e pode ser originada por diversas causas. Pode ser provocada por conjuntivite ou ferimentos no olho. Assim como um indicativo da presença de tumor, que pode estar produzindo as lágrimas. Especialistas apontam que já houve casos de hemolacria induzida por hormônios em mulheres adultas.
De acordo com um artigo publicado na Livraria Nacional Americana de Medicina sobre o tema, "a hemolacria é uma condição extremamente rara. Devido à baixa incidência e literatura limitada, a prevalência e predileção de hemolacria para um sexo, raça ou idade específicos não é conhecida".
Além disso, não há tratamento recomendado diretamente, pois é necessário conhecer a causa.