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LESÃO OCULAR

Lesão química na córnea: entenda os riscos da condição que afetou Regina Casé

A depender da extensão, dano pode causar quadros de cegueira ou até perda do olho

Regina Casé teve lesão na córneaRegina Casé teve lesão na córnea - Foto: Reprodução/Instagram

Na última sexta-feira (26), a atriz Regina Casé contou ter passado dois dias sem enxergar devido a uma lesão química na córnea causada pelo uso de uma cola para cílios postiços. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela disse que o problema aconteceu no final de 2023, em Nova York, nos Estados Unidos, e que chegou a ir cinco vezes ao oftalmologista.

"Eu tinha feito um evento de horas, e foi aplicado uma cola de cílios “super strong”, tomem muito cuidado com isso, que entupiu todas essas saidinhas, meu olho parou de lubrificar, e um pedaço da cola ficou colado no meu olho, na córnea. Tive uma lesão química (...) Dois dias eu fiquei sem enxergar, tudo embaçado. Fiquei desesperada, um pesadelo" disse.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Regina Casé (@reginacase)

A córnea é uma cobertura transparente do olho. Além de ter uma função protetora, auxilia na formação da imagem. A estrutura pode ser lesionada ao arranhá-la acidentalmente com a unha ao esfregar o olho, pelo uso de lentes mal higienizadas, contendo partículas de sujeira, entre muitos outros motivos. Alguns deles são os que caracterizam o dano como químico.

“Os olhos podem ser danificados por produtos químicos sólidos, líquidos, em pó ou aerossóis. Lesões químicas que acontecem em casa são provavelmente causadas por sabões, desinfetantes, solventes, cosméticos, limpadores de ralos, limpadores de forno, amônia e alvejantes. Em ambientes agrícolas, fertilizantes ou pesticidas podem causar lesões oculares. Na indústria, muitos produtos químicos e solventes irritantes podem causar lesões nos olhos”, explica a Universidade de Harvard em publicação sobre o tema.

“Uma lesão ocular química é uma emergência”, alerta a instituição. O prognóstico depende da extensão do problema. Na maioria das vezes, é como o caso de Regina Casé, em que apenas a superfície foi danificada, e os riscos são minimizados. Mas danos mais profundos, ou que não são devidamente tratados, podem levar a casos de cegueira ou até perda do olho.

“A perspectiva de recuperação de lesões químicas varia dependendo da natureza e extensão da exposição. A maioria das pessoas se recupera completamente. No entanto, possíveis complicações incluem glaucoma, danos à córnea e síndrome do olho seco. Nos casos mais graves, a exposição a produtos químicos pode causar cegueira ou perda do olho”, diz Harvard.

Quais os sintomas de uma lesão química na córnea?

Os sintomas de uma lesão química na córnea incluem:

O que fazer no caso de uma lesão química na córnea?
A Universidade de Harvard explica que é preciso procurar ajuda médica o quanto antes. Mas que, imediatamente após a lesão, é recomendado começar a enxaguar o olho com um fluxo contínuo de água antes de ir à emergência.

“É melhor usar água fria corrente e continuar enxaguando por pelo menos 10 minutos. Abra as pálpebras com os dedos e coloque a cabeça sob a torneira. Deixe a água escorrer da ponte do nariz para fora do olho, para não expor o outro olho ao produto químico que está enxaguando. Se ambos os olhos forem afetados, você pode alternar os lados ou permitir que a água flua sobre os dois olhos ao mesmo tempo”, diz.

No hospital, ou no consultório do oftalmologista, o médico avaliará a extensão do dano químico. Geralmente, ele vai começar o tratamento com a irrigação do olho utilizando uma solução salina. Podem ser usados ainda colírios anestésicos, para o alívio da dor, e antibióticos, para evitar infecções bacterianas, entre outros medicamentos.

Se houver algum corpo estranho presente no olho, ele vai ser retirado. “Em casos graves, áreas de tecido morto ou contaminantes químicos precisarão ser removidas do olho”, diz Harvard.

“O olho geralmente será enfaixado com um curativo que exerce uma leve pressão sobre o olho para mantê-lo fechado. Se a lesão for grave, poderá ser necessário hospitalizá-lo para que os profissionais de saúde possam monitorar a pressão no olho e a cicatrização da córnea, a parte transparente do globo ocular que permite a entrada de luz”, continua.

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