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Líbano em alerta por temor de uma resposta israelense após bombardeio nas Colinas de Golã

Israel e Estados Unidos responsabilizam o Hezbollah pelo bombardeio

Um portão danificado e destroços são vistos em um campo de futebol após um ataque relatado do Líbano ter caído na vila de Majdal Shams na área de Golã anexada por Israel Um portão danificado e destroços são vistos em um campo de futebol após um ataque relatado do Líbano ter caído na vila de Majdal Shams na área de Golã anexada por Israel  - Foto: Menahem Kahana / AFP

Várias companhias aéreas suspenderam os voos para o Líbano nesta segunda-feira (29), e iniciativas diplomáticas se multiplicam para acalmar a tensão entre Israel e o movimento libanês Hezbollah, após o bombardeio que matou 12 jovens nas Colinas de Golã, anexadas pelos israelenses.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu uma resposta dura durante uma visita a Majdal Shams, uma localidade de maioria drusa onde um míssil atingiu um campo de futebol.

"Essas crianças são nossas crianças (...) O Estado de Israel não deixará e não pode deixar isso passar. Nossa resposta virá e será dura", advertiu Netanyahu.

Israel e Estados Unidos responsabilizam o Hezbollah pelo bombardeio, algo que o movimento xiita nega, apesar de ter reivindicado vários ataques contra posições militares israelenses no sábado.

O Hezbollah, aliado do Irã e do movimento islamista palestino Hamas, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza, mantém um confronto de baixa intensidade com o Exército israelense desde o início do conflito.

Em Majdal Shams, uma cidade de maioria drusa com cerca de 11.000 habitantes, foi enterrada nesta segunda-feira a última vítima fatal do ataque, um jovem identificado como Guevara Ibrahim, de 11 anos.

Dezenas de pessoas protestaram contra a visita de Netanyahu a Majdal Shams, onde muitos moradores rejeitam a nacionalidade israelense. Israel ocupou este território da Síria na guerra de 1967 e o anexou posteriormente.

"Proteger o Líbano" 
Várias potências, incluindo Estados Unidos e França, tentam conter o risco de escalada, afirmou no domingo o ministro libanês das Relações Exteriores, Abdallah Bou Habib, afirmando que há conversas em curso para tentar moderar a resposta de Israel.

"Recebemos garantias (...) de que Israel agirá de forma limitada", disse o ministro, que indicou que o Hezbollah também responderá de forma moderada.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que "continuam os contatos internacionais, com países europeus e árabes para proteger o Líbano".

Várias companhias aéreas, incluindo Air France e Lufthansa, suspenderam seus voos para a capital libanesa, Beirute.

Netanyahu informou  que ele e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, foram "autorizados" pelo gabinete de segurança "a decidirem como e quando responder".

O Hezbollah "evacuou algumas posições" no sul e no leste do Líbano, que temem ser alvos de Israel, disse uma fonte próxima ao movimento à AFP.

O Hezbollah abriu uma frente com Israel em apoio ao Hamas, e os confrontos deixaram pelo menos 529 mortos no Líbano, a maioria combatentes, segundo contagem da AFP que inclui 104 civis.

Do lado israelense, pelo menos 22 soldados e 24 civis foram mortos, segundo Israel.

O Exército israelense informou que bombardeou 35 alvos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

A guerra em Gaza começou quando milicianos islamistas mataram 1.197 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo contagem baseada em dados oficiais israelenses.

O Exército israelense estima que 111 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, incluindo 39 que estariam mortas

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou pelo menos 39.363 pessoas em Gaza, também em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.

O Exército israelense informou nesta segunda que nove soldados foram presos por acusações de abusos contra um detento em uma prisão conhecida por receber palestinos capturados em Gaza.

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