ORIENTE MÉDIO

Força da ONU no Líbano diz 'manter posições', apesar de pedido de Israel para que mova algumas delas

Cerca de 10.000 capacetes azuis estão destacados no sul do Líbano para supervisionar a manutenção da paz na região

Visão geral da cidade de Tiro, no sul do Líbano, mostra uma nuvem de fumaça surgindo após um ataque aéreo israelense na vila de Qlayleh em 30 de setembro de 2024 Visão geral da cidade de Tiro, no sul do Líbano, mostra uma nuvem de fumaça surgindo após um ataque aéreo israelense na vila de Qlayleh em 30 de setembro de 2024  - Foto: Kawnat Haju/AFP

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), destacada ao longo da fronteira com Israel, anunciou neste sábado (5) que mantém "suas posições", apesar de um pedido do Exército israelense para "mover algumas".

Os militares israelenses solicitaram em 30 de setembro "a retirada dos capacetes azuis de algumas de suas posições", informando "sua intenção de realizar incursões terrestres limitadas no Líbano", disse a Finul em comunicado.

"Os soldados da paz, no entanto, mantêm sua presença em todos os locais", acrescentou.

Segundo o comunicado, a Finul tem "planos preparados para serem acionados em caso de absoluta necessidade".

"A segurança dos soldados da manutenção da paz é fundamental e lembramos a todas as partes a sua obrigação de respeitá-la", disse.

Cerca de 10.000 capacetes azuis estão destacados no sul do Líbano para supervisionar a manutenção da paz na região.

A Finul faz um apelo ao "Líbano e Israel a aplicarem a resolução 1701 do Conselho de Segurança, a única solução viável para restaurar a estabilidade na região".

Esta resolução, aprovada no final da guerra de 2006 entre Israel e o movimento islamista libanês Hezbollah, estipula que apenas as forças de manutenção da paz e o Exército libanês sejam destacados no sul do Líbano, entre a fronteira com Israel e o rio Litani.

Também prevê a retirada das forças armadas não estatais, ou seja, do Hezbollah, que estão presentes no sul do país desde o fim da guerra.

Os combates entre as milícias pró-Irã e Israel se intensificaram desde que os militares israelenses iniciaram incursões terrestres no sul do Líbano no início desta semana.

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