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Rio de Janeiro

Liberação das máscaras: veja o que dizem sindicatos e instituições sobre o decreto municipal do RJ

Enquanto alguns setores apoiam totalmente a decisão, outros dizem que seguirão com recomendação ao uso das máscaras; a obrigatoriedade, no entanto, foi retirada pelo decreto

Máscara de proteção para Covid-19Máscara de proteção para Covid-19 - Foto: Christof Stache/AFP

Com o fim da obrigatoriedade do uso de máscara contra a Covid-19 na cidade do Rio, o uso do item de proteção se torna opcional em todo o município. Diversos setores precisarão se adaptar — ou readaptar — à nova configuração. De acordo com a decisão, a partir desta segunda, não poderá haver exigência das máscaras para ingressar ou permanecer nos locais, abertos ou fechados. No caso de empresas e condomínios, há autonomia para continuar com a obrigatoriedade. Veja o posicionamento dos setores sobre o decreto da prefeitura:

Em nota, o Rio Ônibus afirmou que respeita a decisão, mas segue recomendando o uso da máscara aos passageiros. O sindicato orienta, ainda, que seja mantida a "higienização das mãos durante e após uso do transporte público".

Em nota, a CCR Barcas afirmou que "aguarda a publicação dos decretos das prefeituras do Rio de Janeiro e Niterói" para se posicionar.

A plataforma 99 disse que ainda avalia as mudanças necessárias para cumprimento das diretrizes municipais. Em nota, a empresa afirmou que "segurança é uma prioridade", e que segue "investindo em ações contra a Covid-19, recomendando passageiros e motoristas a adotarem medidas de proteção, como o uso de álcool em gel para higienização das mãos".

Procuradas, as concessionárias Metrô Rio e a Supervia não se posicionaram até o momento de publicação desta reportagem.

Os condomínios possuem autonomia para continuar exigindo máscaras nas suas áreas comuns. De acordo com o advogado André Luiz Junqueira, especializado em Direito Imobiliário, fica a critério de cada administração seguir o decreto ou não.

"Nossa posição é de que os condomínios podem, cada um a seu critério, continuar exigindo máscaras dentro de ambientes fechados ou abertos de áreas comuns. A dificuldade que passa a existir é que, não tendo um decreto emitido pelo poder público, os condôminos passam a resistir mais a esse tipo de regra, mas ela pode ainda existir", afirma Junqueira.

O advogado ressalta que o ideal é que o síndico ratifique essa regra em assembleia para que a própria coletividade avalie continuar com a medida e evite tomar essa decisão sozinho.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) diz que, até o momento, a instituição mantém a exigência nas unidades e informa que ainda não houve posicionamento do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento à Pandemia de Covid-19.

A Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) optou por manter uma recomendação ao uso de máscara no campus, mesmo após o decreto, como forma de, segundo nota divulgada pela instituição, promover "autoproteção e cuidado com o próximo".

A Associação de Hospitais do Estado do Rio (Aherj) afirmou, nesta segunda-feira, que cada hospital estabelecerá sua própria política, e afirmou que o ideal, neste momento, com base em orientações da Associação e da OMS, é que sejam criadas alas dentro dos hospitais, para manter as pessoas que apresentem sintomas gripais  separadas das demais.

De acordo com o diretor da Aherj, Graccho Alvim, é importante entender que a situação epidemiológica atual da capital fluminense pode trazer segurança para a liberação do uso de máscaras, mas a contaminação por Covid-19 não está zerada.

O Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) afirma que clientes e membros das equipes de todos os bares e restaurantes estão liberados do uso de máscara. O SindRio não tem nenhum tipo de orientação específica para o setor, e recomenda que os estabelecimentos se orientem pelo decreto da prefeitura.

Para o SindRio, o decreto é um importante marco no setor de alimentação, e as máscaras serão, agora, apenas lembrança e "símbolo da pior crise que já enfrentaram".

O presidente do Hotéis RIO, Alfredo Lopes, orienta que cada cidadão continue tomando cuidados individuais para que seja mantido o movimento de retomada das atividades de forma plena. Segundo Alfredo, o setor hoteleiro apoia a decisão do município e acredita na responsabilidade da gestão da prefeitura.

"É um alívio constatar que nossa curva de contaminação tem caído drasticamente a ponto de defendermos a liberação do uso das máscaras", disse o presidente, em nota.

O setor apoia a flexibilização do uso das máscaras, mas orienta que continue sendo oferecido o álcool em gel nas unidades do Rio. A Associação de Supermercados do Estado do Rio (Asserj ) lembrou, em nota, a necessidade de pessoas imunodeprimidas, pessoas com comorbidades de alto risco, pessoas não vacinadas e pessoas com sintomas gripais seguirem utilizando as máscaras.

Para o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), José Antonio do Nascimento Brito, os números são favoráveis à flexibilização. De acordo com José Antonio, o uso de máscaras deve ser opcional, mas precisa ter acompanhamento das autoridades sobre os desdobramentos da decisão.

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