VENEZUELA

Líder da oposição da Venezuela diz ter sofrido tentativa de assassinato pelo regime de Maduro

A líder opositora acusou diretamente o regime de Nicolás Maduro pelo ataque

Líder de oposição venezuelana, María Corina Machado, durante discurso no estado de CaraboboLíder de oposição venezuelana, María Corina Machado, durante discurso no estado de Carabobo - Foto: Gabriela Oraa / AFP

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, denunciou no X (antigo Twitter) um ataque que ela e sua equipe teriam sofrido em Barquisimeto, Estado de Lara.

Segundo Machado, os carros usados na campanha foram vandalizados e a mangueira do freio de uma das caminhonetes foi deliberadamente cortada, em um incidente que ela descreveu como "uma tentativa de assassinato".

A líder opositora acusou diretamente o regime de Nicolás Maduro pelo ataque ao dizer que "agentes do regime nos seguiram desde Portuguesa e cercaram o local onde passávamos à noite".

Machado também postou um vídeo no qual detalhou que, além de cortar a mangueira de freio de um dos carros, tentaram sabotar outro veículo retirando o óleo do motor. Ambos os veículos foram atingidos por tinta branca. "A campanha de Maduro é violenta e ele é responsável por qualquer dano à nossa integridade física".

 

Ainda no X, Edmundo González, candidato à presidência apoiado por Machado, condenou veementemente o atentado e aproveitou o episódio para denunciar as detenções dos militantes de sua campanha. "A intimidação contra María Corina Machado e as recentes detenções de 72 cidadãos e ativistas da nossa campanha são atos de covardia intoleráveis que ameaçam o desenvolvimento do processo eleitoral", disse em sua conta. Ele apelou para que as autoridades venezuelanas, o Conselho Nacional Eleitoral e a comunidade internacional atuem para garantir um ambiente pacífico no dia 28 de julho, data marcada para as eleições no país.

O incidente ocorre em meio a um contexto de repressão crescente contra opositores políticos na Venezuela e a 10 dias das eleições. Na terça-feira (16), Milciades Ávila, chefe de segurança de Machado, foi preso sob acusações de comportamento abusivo contra mulheres, em uma ação que a líder da oposição de Maduro classificou como uma provocação planejada para deixá-los desprotegidos às vésperas das eleições. As tensões políticas na Venezuela continuam a aumentar à medida que o pleito se aproxima, com denúncias de prisões políticas e intimidação contra opositores sendo amplamente divulgadas por organizações de direitos humanos.

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