Líder de principal dissidência das Farc abandona negociações de paz na Colômbia
Iván Mordisco abandonou as negociações de paz no país
O comandante do principal grupo das dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como Iván Mordisco, abandonou as negociações de paz no país, segundo o governo, que continuará o diálogo com outros líderes guerrilheiros.
Mordisco, líder do Estado-Maior Central (EMC), "está fora da mesa (...) não sabemos onde está", disse em uma declaração à imprensa Camilo González, chefe da delegação do governo nas negociações que começaram no final de 2023.
Segundo Bogotá, o grupo está dividido internamente, por isso negociará com outros líderes, embora os diálogos estejam "congelados" atualmente.
González apontou Andrey como o novo chefe da guerrilha nas discussões, uma vez que supostamente comanda mais de 50% dos 3.500 combatentes do EMC.
Com cabelos longos e sempre adornado com joias luxuosas, "Andrey" era o porta-voz da organização ilegal. No entanto, não se sabe a extensão de seu poder.
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Segundo especialistas, Mordisco controla o tráfico de drogas milionário e as rotas ilegais de mineração, sobretudo na Amazônia.
Os diálogos começaram a se enfraquecer no dia 17 de março, quando o presidente Gustavo Petro decretou o fim do cessar-fogo bilateral em três departamentos do sudoeste do país, após o assassinato de um líder indígena por insurgentes.
O governo também anunciou, embora sem data prevista, negociações com a dissidente La Segunda Marquetalia, facção inimiga do EMC e liderada por Iván Márquez, ex-número dois das Farc.
Apesar dos esforços de paz do governo, a violência não diminui no país e o tráfico de drogas continua atingindo marcas históricas, segundo organizações internacionais.