Líder norte-coreano afirma que país deve cumprir metas de produção de cereais "sem falhas"
O país é muito criticado por priorizar o desenvolvimento do programa militar e não o sustento de sua população
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, pediu aos funcionários de alto escalão do governo que garantam que o país cumpra as metas de produção de grãos "sem falhas", informou a imprensa estatal nesta quinta-feira (2), em um momento de relatos de escassez de alimentos.
Kim "pediu veementemente para o país alcançar a meta de produção de cereais deste ano sem falhas", no último dia de uma grande reunião de partido único na quarta-feira, informou a agência estatal de notícias KCNA.
"Para aumentar a produção agrícola nacional é necessário prestar atenção para superar os desequilíbrios na orientação sobre a s fazendas... e é importante concentrar-se em aumentar a colheita por hectare em todas as fazendas", acrescentou a agência.
A nação isolada, que enfrenta sanções por seus programas de armas e nuclear, enfrenta dificuldades para alimentar sua população, agravadas pela pandemia de Covid-19 e o fechamento da fronteira com a China, sua grande aliada comercial.
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As informações foram divulgadas depois que Kim pediu, na segunda-feira (27), uma "transformação fundamental" da produção agrícola do país. No mês passado, o ministério da Unificação da Coreia do Sul informou que mortes por fome foram registradas no país vizinho.
"Consideramos grave a escassez de comida no país", afirmou o ministro sul-coreano Koo Byoung Sam em fevereiro. Ele disse ainda que Pyongyang pediu ajuda ao Programa Mundial de Alimentos.
A Coreia do Norte, uma nação pobre, é muito criticada por priorizar o desenvolvimento do programa militar e não o sustento de sua população.
Em 2021, Kim fez uma rara referência às dificuldades e reconheceu que a situação alimentar no país estava "tensa". No mesmo ano, o canal estatal KCTV admitiu que o país enfrentava uma "crise alimentar".
A Coreia do Norte enfrenta períodos de fome com frequência, incluindo uma crise que matou centenas de milhares de pessoas na década de 1990, embora algumas estimativas citem milhões de vítimas.