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guerra na ucrânia

Líderes da UE rejeitam "anexação ilegal" de regiões da Ucrânia pela Rússia

De acordo com os líderes europeus, a Ucrânia exerce seu direito legítimo de defesa da agressão russa para recuperar o controle total de seu território

Cerimônia para assinar tratados formalmente anexando quatro regiões da Ucrânia que as tropas russas ocupamCerimônia para assinar tratados formalmente anexando quatro regiões da Ucrânia que as tropas russas ocupam - Foto: Dmitry Astakhov / Sputnik / AFP

Os líderes dos 27 países da União Europeia (UE) rejeitaram nesta sexta-feira (30) e condenaram "de forma inequívoca" a "anexação ilegal" de quatro regiões ucranianas pela Rússia, que consideram uma "violação flagrante" dos direitos da Ucrânia.

Em um comunicado divulgado pelo Conselho Europeu, os líderes da região afirmam: "Não reconhecemos e nunca reconheceremos os referendos ilegais que a Rússia criou como pretexto para esta nova violação da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia".

A nota foi divulgada enquanto em Moscou o presidente Vladimir Putin liderava a cerimônia para a anexação formal à Rússia dos territórios de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e Kherson e Zaporizhzhia, no sul.

"Nunca reconheceremos esta anexação ilegal. Essas decisões são nulas e sem efeito, não podem produzir nenhum efeito legal. Crimeia, Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Lugansk são Ucrânia", afirmaram os líderes europeus em seu comunicado.

Também fizeram um "apelo a todos os Estados e organizações internacionais para que rejeitem de maneira inequívoca esta anexação ilegal".

De acordo com os líderes europeus, a Ucrânia exerce seu direito legítimo de defesa da agressão russa para recuperar o controle total de seu território e tem o direito de libertar os territórios ocupados dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.

A Rússia advertiu que, com a anexação, as quatro regiões passarão a fazer parte do território russo e, portanto, o país se reserva o direito de usar todos os recursos disponíveis para defendê-las, em uma clara referência às armas nucleares.

Em seu comunicado, no entanto, os líderes europeus garantem que "as ameaças nucleares formuladas pelo Kremlin (...) não quebrarão nossa determinação" de apoiar a Ucrânia.

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