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Semana Santa

Liturgia de Paixão e Morte de Jesus é feita de forma restrita na Igreja da Sé, em Olinda

A celebração aconteceu à tarde, na presença de poucos fiéis e sem o tradicional beijo nos pés da cruz

Liturgia da Paixão e Morte de Jesus, celebrada por Dom Fernando Saburido na Igreja da Sé, em OlindaLiturgia da Paixão e Morte de Jesus, celebrada por Dom Fernando Saburido na Igreja da Sé, em Olinda - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

A Sexta-feira Santa foi celebrada pelos católicos de forma restrita pelo segundo ano consecutivo em decorrência da pandemia da Covid-19. A Arquidiocese de Olinda e Recife realizou apenas a Liturgia da Paixão e Morte de Jesus na Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador, em Olinda, com restrição de público e exibição virtual nas redes da entidade católica. A celebração aconteceu à tarde, na presença de poucos fiéis e sem o tradicional beijo nos pés da cruz.

O rito da Paixão do Senhor foi presidido pelo arcebispo dom Fernando Saburido, às 15h, horário em que Cristo foi crucificado, martirizado e morto pelos soldados romanos, como aponta a tradição cristã. A celebração, no entanto, não pode ser considerada uma missa, porque não há eucaristia. Inclusive, segundo o calendário católico, a Sexta-Feira Santa é o único dia do ano em que não há realização de missas.

A cerimônia começou com o arcebispo deitado no chão, como uma forma de respeito à morte de Jesus. Em suas palavras, dom Fernando Saburido lembrou que a data pede silêncio e reflexão, como foi feito no início do rito. “A Sexta-Feira da paixão é um dia de silêncio, é um dia de contemplação, próximo ao mistério da paixão e morte de Jesus. Toda a quaresma, especialmente o período pascal, nos conduz a uma interiorização”, explicou dom Fernando.

Em um dos momentos da celebração, o arcebispo enfatizou que o período é uma época de realização de espetáculos da Paixão de Cristo, mas que a pandemia trouxe outras formas de relembrar a comemoração cristã. “Mas através de leituras e cânticos como agora nós estamos, nós ouvimos o que aconteceu há pouco mais de 2 mil anos. E sempre que escutamos, nós nos emocionamos e nos envolvemos com um deus que nos ama até esse ponto”, disse o líder religioso.

Ritos em pandemia

Apesar da permissão de celebrações religiosas em até 100 pessoas, a Arquidiocese montou uma programação que inclui missas e outras atividades religiosas de forma bem restrita presencialmente. Houve uma mescla de cerimônias transmitidas pelas redes sociais e outras de forma presencial, como a de ontem. Embora também tenha cortado alguns ritos, como o ato em que os fiéis beijam os pés da cruz.

A liturgia de Sexta contou com poucos fiéis, todos de máscaras e espaços demarcados na Igreja da Sé. Na entrada, havia medição de temperatura e totem de álcool em gel disponível aos religiosos. Hoje, haverá uma liturgia restrita à equipe realizadora e amanhã, às 9h, a tradicional Missa de Páscoa, que será aberta à comunidade, mas com os protocolos exigentes no momento.

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