CIÊNCIA

Longevidade: estudo mostra que comprimento do DNA está associado a maior expectativa de vida

Pesquisadores buscam estimular desenvolvimento de terapias para retardar ou reverter o envelhecimento, mas outros fatores estão associados

DNADNA - Foto: Reprodução/Pixabay

Cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, acreditam ter encontrado o segredo do envelhecimento. Eles fizeram uma análise genética em pessoas, roedores e peixes e descobriram que o comprimento do DNA está diretamente ligado à sua idade biológica.

Ou seja, genes mais curtos estão associados a uma expectativa de vida mais curta, enquanto genes mais longos estão relacionados a melhor saúde e longevidade.

O comprimento de um gene é baseado no número de nucleotídeos dentro dele. Cada cadeia de nucleotídeos se traduz em um aminoácido, formando uma proteína. Portanto, um gene muito longo produz uma proteína grande e um gene curto produz uma proteína pequena.

Uma célula precisa ter um número equilibrado de proteínas pequenas e grandes para atingir a homeostase, e ocorrem problemas quando esse equilíbrio fica fora de sintonia.

A equipe de pesquisa primeiro analisou amostras de tecido de camundongos, ratos e peixes de várias idades. Em todos os animais, os pesquisadores notaram mudanças sutis em milhares de genes diferentes nas amostras.

Isso significa que não é apenas um pequeno subconjunto de genes que contribui para o envelhecimento. Essa visão difere das abordagens biológicas predominantes que estudam os efeitos de genes únicos. Depois de concluir a pesquisa com animais, os pesquisadores voltaram sua atenção para os seres humanos. Eles analisaram as mudanças nos genes humanos das idades de 30 a 49, 50 a 69, e 70 anos ou mais.
 

“Já parece haver algo acontecendo no início da vida, mas torna-se mais pronunciado com a idade. Parece que, em tenra idade, nossas células são capazes de combater perturbações que levariam a um desequilíbrio na atividade genética. Então, de repente, nossas células não podem mais contra-atacar", diz Thomas Stoeger, professor da Universidade Northwestern e principal autor do estudo.

Os cientistas descobriram que, com o envelhecimento, a atividade dentro das células muda para genes mais curtos, perturbando o equilíbrio. Isso é contrabalançado em pessoas com genes muito longos, porque elas têm proteínas mais longas disponíveis nas células.

A equipe espera que o estudo estimule o desenvolvimento de terapias para retardar ou reverter o envelhecimento. Atualmente, os medicamentos visam os sintomas e não as causas do envelhecimento, o que os especialistas da Northwestern disseram ser como usar analgésicos para reduzir a febre.

É importante ressaltar que a longevidade é um campo amplo na medicina. Cientistas do mundo inteiro realizam estudos em torno do tema para compreender melhor o assunto e chegar em conclusões que possam garantir uma vida longa e saudável para as pessoas.

Além do recente estudo, a longevidade também está ligada a diversos fatores, que vão desde hábitos saudáveis de vida, o contexto social no qual a pessoa está inserida, o acesso à medicina e, claro, a predisposição genética de cada indivíduo.

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