López Obrador destaca queda de fluxos migratórios na fronteira com os EUA
Presidente atribuiu esta redução às medidas tomadas por Washington e pelo México para "dar uma via legal" aos fluxos migratórios
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, destacou nesta segunda-feira (13) que o fluxo de migrantes que chega à fronteira com os Estados Unidos foi reduzido em 50% em 2024 em comparação com o pico registrado em dezembro passado.
"Tivemos uma crise na fronteira norte em dezembro com 12 mil migrantes por dia e fizemos um esforço conjunto e foi reduzido em média para 6 mil, uma redução de 50% em quatro meses e agora até caiu mais", disse Obrador em sua habitual conferência de imprensa matinal.
Em 18 de dezembro, foram relatadas 12.498 abordagens de agentes americanos a migrantes na fronteira binacional, "o número mais elevado registrado em 2023", segundo uma apresentação do governo mexicano baseada em números da Agência Federal de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CPB).
O mesmo gráfico mostra que este fluxo caiu para menos de 6 mil migrantes por dia no final de dezembro e permaneceu relativamente estável desde então.
"Em 9 de maio de 2024, o número total de abordagens registrado ficou em 5.506, uma redução de 55,94%" face ao pico de 18 de dezembro, segundo o documento.
López Obrador atribuiu esta redução às medidas tomadas por Washington e pelo México para "dar uma via legal" aos fluxos migratórios, como a criação de novas formas de processar vistos de trabalho através de aplicações digitais.
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"Existe um procedimento aberto e está funcionando, não foi um simples anúncio, não foi uma medida demagógica."
São aproximadamente 1.500 migrantes que entram diariamente nos Estados Unidos com esse mecanismo, que não existia antes", disse o presidente.
No final de abril, López Obrador e o seu homólogo americano, Joe Biden, ordenaram às suas equipes que tomassem "medidas concretas" para reduzir as passagens irregulares na fronteira, de acordo com um comunicado conjunto que não especificava tais disposições.
Ambos os líderes também se comprometeram a promover iniciativas para enfrentar as "causas fundamentais" da migração que, segundo Washington, são os efeitos da pandemia de covid-19, das alterações climáticas, da corrupção, da violência, da pobreza e do tráfico de pessoas.
Entre outubro de 2023 e março passado (ano fiscal americano de 2024), o CBP registra um número de 1,3 milhão de abordagens na fronteira, uma diminuição de 2,5% face aos 1,5 milhão no mesmo período do ano fiscal americano de 2023.