Lula compara ataques no Rio à bombardeios na Faixa de Gaza: "Tanto fogo e tanta fumaça"
Capital fluminense sofreu o maior ataque efetuado pela milícia após a morte do paramilitar Faustão na Zona Oeste da cidade, com 35 ônibus incendiados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira que as cenas de violência no Rio de Janeiro pareciam "a própria faixa de gaza". O presidente deu as declarações durante evento do Conselhão, no Palácio do Planalto. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, estava entre os participantes.
"O problema da violência do Rio de Janeiro, era muito fácil ficar vendo aquelas cenas, que parecia a própria Faixa de Gaza de tanto fogo e de tanta fumaça e dizer "é um problema do Rio de Janeiro, do prefeito Eduardo Paes, do governador". Não, é um problema do Brasil, é um problema nosso, que temos que tentar encontrar solução.
A capital fluminense sofreu na segunda-feira o maior ataque efetuado pela milícia após a morte do paramilitar Faustão na Zona Oeste da cidade, com 35 ônibus incendiados.
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Nessa terça-feira (24), Lula afirmou que quer intensificar a atuação das Forças Armadas em portos e aeroportos para combater o crime organizado no Rio de Janeiro. O Ministério da Defesa acredita que será possível atender ao pedido do governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), para o emprego pontual das Forças Armadas no combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
Como antecipou a coluna de Lauro Jardim, o pedido do governador foi feito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em telefonema na última terça-feira. Castro quer que o governo federal autorize o patrulhamento de tropas militares da Marinha na Baía da Guanabara e portos do estado, além da Aeronáutica nos aeroportos Galeão e Santos Dumont.
Castro está em Brasília nesta quarta-feira para uma série de reuniões. Há previsão de um encontro com o ministro da Defesa ainda na tarde desta quarta-feira (25).