Economia

Lula defende que Brasil tenha indústria de defesa forte, mas não para fazer guerra

Presidente vista nesta sexta Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira, em São Paulo

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Em mais uma aproximação com os militares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o país tenha uma indústria de defesa forte e não dependa de tecnologia de outros países. Lula, e um grupo de ministros, visitou nesta sexta o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira, em São José dos Campos, interior de São Paulo, onde nasceu a Embraer. No local, está sendo desenvolvida a Alada, empresa pública de produtos aeroespaciais do país, que vem sendo chamada e Embraer do espaço. Lula inaugurou um novo alojamento no local e, em seguida visita a sede da sede da Embraer.

— Temos que ter responsabilidade na construção de uma indústria de defesa. Não para fazer guerra, mas para as pessoas saberem que o Brasil tem um projeto, inclusive para ajudar outros ramos da indústria brasileira — disse o presidente em discurso a uma plateia de miltares da FAB.

O presidente defendeu ainda o investimento em pesquisa e que o país forme mais engenheiros e matemáticos. Lula lembrou que quinze anos atrás visitou o DCTA, que vinha desenvolvendo uma turbina de geração de energia movida a etanol. E, hoje, na volta ao local afirmou que a turbina ainda não está pronta.

— A gente já deveria estar desenvolvendo uma turbina a hidrogênio. Temos que conquistar espaço no mundo no segmento de defesa — afirmou.

Embora o presidente tenha se comprometido a investir nesse tipo de indústria, a Avibras, empresa brasileira do setor bélico está sendo negociada com a companhia australiana DefendTex. A Avibras está em recuperação judicial com dívidas de R$ 600 milhões e, embora os funcionários defendam sua estatização, ela deve passar a ser controlada por uma empresa estrangeira.

Durante a visita a Embrear, a companhia aérea Azul deve anunciar o recebimento dos novos jatos E 195 E2, encomendados em 2019, conforme antecipou a coluna Capital. Em 2023 a Embraer entregou 13% mais aeronaves em comparação com o ano anterior, aumentou a receita em 16%, obteve a melhor rentabilidade dos últimos cinco anos e retomou níveis de emprego pré-pandemia. Lula defende que mais companhias aéreas brasileiras utilizem os jatos da empresa.

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