diplomacia

Lula terá conversa com presidentes do México e da Colômbia sobre eleição na Venezuela

OEA rejeitou uma resolução que exigia maior transparência do governo venezuelano em relação às eleições sem votos dos três países

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva  - Foto: AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falará nesta quinta-feira com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador, sobe as eleições na Venezuela.

Petro rompeu o silêncio sobre a situação venezuelana e pediu pelas redes sociais que o governo de Nicolás Maduro permita um "escrutínio transparente" das forças políticas venezuelanas e dos órgãos de monitoramento.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora ainda não tenha se manifestado oficialmente, afirmou em entrevista não ver "nada de anormal" em relação à eleição na Venezuela. Apesar disso, o presidente brasileiro afirmou que para "resolver a briga" é preciso que as autoridades locais apresentem as atas de votação.

Nesta quarta-feira o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou uma resolução que exigia maior transparência do governo venezuelano em relação às contestadas eleições.

O Brasil e Colômbia estão entre os que se abstiveram, apesar de ambos os governos terem pedido a Maduro que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) — responsável por organizar as eleições e dominado por uma maioria chavista — publicasse os boletins das urnas, cujos números vêm sendo objeto de contestação por parte da oposição, liderada por María Corina Machado.

O México, assim como a própria Venezuela, não atendeu à convocatória da OEA. Junto com Brasil e Colômbia, o país tem adotado “uma terceira posição": não chancela as denúncias de fraude da oposição, mas tampouco reconhece a reeleição de Maduro.

No caso do México, há ainda uma diferença entre o presidente Andrés Manuel López Obrador e a presidente eleita, Claudia Sheinbaum. Enquanto López Obrador diz que não há provas da suposta fraude denunciada pela oposição, a presidente eleita pediu “transparência” no processo eleitoral.

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