Má qualidade do sono atinge 66% dos brasileiros e mulheres são as mais afetadas, diz pesquisa
Uma noite de sono mal dormida pode comprometer a retenção de informações e memórias, além de causar irritabilidade, cansaço, entre outros problemas
Cerca de 66% dos brasileiros dormem mal, aponta uma pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology (Epidemiologia do Sono, em tradução do inglês) e, entre esses, as mais afetadas são as mulheres, que podem ter um sono até 10% pior do que o dos homens.
Uma noite de sono mal dormida, apontam os cientistas, pode comprometer a retenção de informações e memórias, além de causar irritabilidade, cansaço, entre outros problemas.
Segundo o estudo, a qualidade do sono é definida por fatores como a duração (a falta ou o excesso), regularidade (se a pessoa acorda muito durante a noite) e estágios (leve, profundo e REM — movimento rápido dos olhos). Além disso, a satisfação pessoal também foi levada em consideração durante a pesquisa.
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Os dados da pesquisa foram coletados poucos dias após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar a pandemia de Covid-19, em 2020, e contou com a participação de 2.635 voluntários, todos maiores de idade.
Pessoas mais jovens também tendem a dormir pior, aponta a pesquisa. Hábitos como mexer no celular antes de dormir, o consumo excessivo de café e outros estimulantes, além de rotinas desequilibradas de estudo e trabalho contribuem para uma incidência de sono de má qualidade entre esse grupo.
Por regiões brasileiras, quem mais dorme mal são os habitantes das regiões Centro-Oeste — que lidera a lista — Sudeste e Sul. A pesquisa mostra que pessoas dessas regiões têm 12% mais chance de ter um sono de má qualidade, em comparação com o Norte e o Nordeste.
O estudo também revelou que dormir em quartos separados — no caso de casais — indica uma piora na qualidade do sono.
Os participantes responderam ao questionário do índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Com pontuação máxima de 21 pontos, resultados mais próximos do zero indicam um sono de boa qualidade. O resultado médio dos brasileiros foi de 7,3, considerado ruim.