GUERRA NA UCRÂNIA

Macron aumenta 'envolvimento' da França no conflito na Ucrânia, diz Kremlin

Presidente francês deseja enviar tropas ocidentais para o país em guerra, ideia descartada pela maioria dos seus aliados

Presidente da França, Emmanuel MacronPresidente da França, Emmanuel Macron - Foto: Ludovic Marin/AFP

O Kremlin considerou, nesta quinta-feira (7), que o presidente francês, Emmanuel Macron, está fazendo com que "o envolvimento" da França no conflito da Ucrânia aumente, depois de dizer que não descarta enviar tropas ocidentais a esse país, algo que a maioria de seus aliados rechaçou.

"Macron está convencido de sua política, consistente em querer infligir uma derrota estratégica a nosso país e continua aumentando o nível de envolvimento direto da França" no conflito na Ucrânia, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em um vídeo divulgado no Telegram por um jornalista russo.

No entanto, Peskov destacou o caráter contraditório das declarações feitas em Paris sobre esse tema, desde as primeiras palavras de Macron em 26 de fevereiro, quando o presidente francês afirmou não excluir o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia no futuro.

A declaração causou comoção entre os aliados da França na Otan, que rejeitaram imediatamente essa possibilidade. O chanceler francês, Stéphane Séjourné, afirmou que se referia ao envio de tropas para a desminagem e outras atividades que não são de combate.

Apesar da polêmica, Macron assegurou que todas as suas palavras eram "ponderadas" e "medidas", mas afirmou que rejeitava qualquer "lógica de escalada" com Moscou.

Na terça-feira (5), ele pediu aos aliados da Ucrânia para "não serem covardes" diante de uma Rússia "que se tornou imparável", e nesta quinta-feira, ao receber os líderes dos partidos políticos franceses para esclarecer suas posições, afirmou que o apoio de Paris a Kiev não tinha "limites" nem "linha vermelha".

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