Macron convoca Putin a negociar e frear guerra na Ucrânia
"Não queremos uma guerra mundial", insistiu o presidente francês
O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira (12) que seu homólogo russo, Vladimir Putin, pare a guerra na Ucrânia e "retorne à mesa de negociações".
Putin "deve deter esta guerra, respeitar a integridade territorial da Ucrânia e retornar à mesa de negociações", declarou Macron em entrevista à televisão pública France 2, acrescentando que rejeita a perspectiva de uma "guerra mundial".
Para Macron, o inquilino do Kremlin optou por "instalar" a Europa "na guerra" com seus recentes bombardeios da Ucrânia e a mobilização para reforçar seu Exército.
"Não queremos uma guerra mundial", insistiu o presidente francês.
Ao ser questionado sobre se apoiaria uma ofensiva ucraniana para recuperar a península da Crimeia - anexada em 2014 pela Rússia -, Macron considerou que, "em algum momento", tanto Kiev quanto Moscou terão de "voltar à mesa" para negociar as condições para o fim do conflito.
"A questão é se os objetivos da guerra serão alcançados apenas por meios militares", acrescentou o presidente francês.
Segundo ele, "cabe aos ucranianos decidir" quais devem ser esses objetivos.
Assim como seus aliados ocidentais, Emmanuel Macron anunciou que a França aumentará as entregas de sistemas de defesa antiaérea para a Ucrânia. O país é alvo de uma série de bombardeios russos desde o fim de semana.
"Vamos entregar radares, sistemas e mísseis para protegê-los dos ataques, em particular dos de drones", detalhou.
Paris também avalia a inclusão de seis novos canhões Caesar aos 18 já enviados para Kiev.
O presidente francês também alertou seu colega bielorrusso, Alexander Lukashenko, que se somar à guerra na Ucrânia em apoio ao seu aliado russo, "contra o desejo de boa parte de seu povo", vai-lhe trazer "problemas".