Macron diz que forças europeias podem ser mobilizadas após acordo de paz na Ucrânia
Uma reunião com chefes do Estado-Maior dos países que desejam garantir a paz na Ucrânia está prevista para a próxima semana, disse o presidente francês
Forças militares europeias podem ser enviadas para a Ucrânia se um acordo de paz for assinado para garantir que a Rússia não invada seu vizinho novamente, disse o presidente francês Emmanuel Macron em um discurso à nação nesta quarta-feira.
Uma reunião com chefes do Estado-Maior dos países que desejam garantir a paz na Ucrânia está prevista para a próxima semana, disse o francês.
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— Eles não vão lutar hoje, eles não vão lutar na linha de frente, mas eles estariam lá quando um acordo de paz fosse assinado, para garantir que ele fosse totalmente respeitado — ele disse, acrescentando que chefes de Gabinete europeus se reuniriam em Paris na próxima semana para discutir como apoiar a Ucrânia após um acordo de paz.
Em seu discurso, Macron também descreveu a Rússia de Vladimir Putin como uma "ameaça à França e à Europa" e disse que havia decidido "abrir o debate estratégico sobre a proteção de nossos aliados no continente europeu por nossa dissuasão [nuclear]".
A questão deve ser abordada na quinta-feira durante uma cúpula especial em Bruxelas, na Bélgicoa, com foco no apoio à Ucrânia e à defesa europeia.
O presidente da França, um aliado próximo de Kiev, comemorou na terça-feira a disposição do presidente ucraniano, Voloymyr Zelensky, de "retomar o diálogo com os Estados Unidos" e "reiterou a determinação da França em trabalhar com todas as partes interessadas em estabelecer uma paz sólida e duradoura na Ucrânia".
O presidente da Ucrânia, país invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022, propôs na terça-feira uma trégua com Moscou que interromperia os ataques aéreos e marítimos e iniciaria negociações sobre uma "paz duradoura" sob a "liderança" de Donald Trump, com quem disse querer "consertar as coisas".
As relações entre Ucrânia e o governo Trump estão turbulentas depois que o republicano expulsou Zelensky da Casa Branca na sexta-feira, após dar-lhe um sermão no Salão Oval e acusá-lo de não querer a paz e de ser ingrato.
Na terça-feira, Trump disse que seu homologo ucraniano lhe enviou uma carta "importante" para expressar que a Ucrânia está pronta para sentar à mesa de negociações e fechar um acordo com Washington sobre seus minerais, apesar da recente discussão na Casa Branca.