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Macron e Xi pedem 'retorno à paz' na Ucrânia

Fontes da delegação francesa relataram que o presidente Xi disse que ligaria para seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, pela primeira vez desde o início da guerra

Xi Jinping E Macron Xi Jinping E Macron  - Foto: AFP

O presidente chinês, Xi Jinping, comprometeu-se, nesta sexta-feira (7), a "apoiar qualquer esforço a favor de um retorno à paz na Ucrânia", em uma declaração conjunta com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que concluiu hoje sua viagem oficial ao gigante asiático.

De acordo com esta declaração, França e China "se opõem aos ataques armados contra as centrais nucleares e a outras instalações nucleares pacíficas" e apoiam a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "para que garanta a segurança da planta de Zaporizhzhia".

Fontes da delegação francesa relataram que o presidente Xi disse que ligaria para seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, pela primeira vez desde o início da guerra. A declaração final não faz, contudo, menção a essa possibilidade.

A declaração conjunta, que não menciona a Rússia, nem sua ofensiva contra a Ucrânia, foi publicada no último dia da visita oficial de três dias do presidente francês ao país.

Em fevereiro, a China já havia publicado um documento de 12 pontos com sua proposta para resolver a guerra na Ucrânia diplomaticamente.

Antes do jantar com Xi, que encerra a visita de Macron, o presidente francês denunciou a guerra da Rússia contra a Ucrânia, em discurso durante um encontro com estudantes na cidade chinesa de Guangzhou.

A viagem de Macron, que também levou-o à capital do país, Pequim, teve como objetivo revigorar as relações bilaterais depois da pandemia da covid-19.

O presidente francês colocou o conflito na Ucrânia no centro da agenda e, na quinta-feira (6), disse a Xi Jinping que conta com ele "para trazer a Rússia à razão".

Macron chegou durante a tarde a Guangzhou, a terceira maior cidade do país, com 15 milhões de habitantes, e visitou a Universidade de Sun Yat-sen. Lá, era aguardado por uma multidão.

No ginásio do campus, o presidente francês denunciou a guerra russa que "coloniza" a Ucrânia, em um discurso para mil alunos.

"É um país que decidiu colonizar o vizinho, não respeitar as regras, mobilizar exércitos e invadir", afirmou.

Depois do encontro, Macron se reuniu com Xi na ilha de Shamian, centro da cidade. Os dois participaram de uma cerimônia de chá e depois jantaram em privado.

Antes de retornar para Paris, ainda nesta sexta-feira, Macron se reunirá com dois grandes investidores chineses: Tang Jiexiong, presidente do grupo Wencan, e Jiang Long, CEO da XTC New Energy Materials.

A empresa aeronáutica europeia Airbus assinou, nesta sexta, um importante contrato pela venda de 50 helicópteros de seu novo modelo H160 para o grupo chinês GDAT.

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