Macron se pronuncia sobre morte de 31 migrantes no canal da Mancha
"França não permitirá que Canal da Mancha se torne um 'cemitério' ", disse o presidente
"A França não vai deixar o (canal da) Mancha se tornar um cemitério", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quarta-feira (24), após a morte de 31 migrantes neste canal entre o Reino Unido e a França, segundo o palácio presidencial.
O presidente francês apelou ao "reforço imediato dos recursos da agência Frontex nas fronteiras externas da União Europeia" e a uma "reunião de emergência dos ministros europeus preocupados com a questão da migração".
O primeiro-ministro Jean Castex realizará uma reunião interministerial sobre o assunto na quinta-feira às 8h30 locais.
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Em seu comunicado, Macron informou que pelo menos 31 pessoas morreram no naufrágio, e não 27 como reportou um balanço anterior.
Esta tragédia é a mais mortal desde que a migração por este canal aumentou em 2018, após o fechamento progressivo do porto de Calais e do túnel sob o Canal.
O presidente francês criticou as “redes de traficantes que, explorando a miséria e a angústia, colocam vidas humanas em perigo”.
“A França atua, em colaboração com o Reino Unido, para desmantelar as redes de tráfico” e “desde o início do ano (...) 1.552 traficantes foram presos no litoral norte e 44 redes foram desmanteladas”, disse o presidente francês, acrescentando que 7.800 migrantes foram salvos.