Maduro afirma que Venezuela avança em sistema antidrones
Maduro frequentemente denuncia conspirações contra ele, que geralmente atribui à oposição com a cooperação dos Estados Unidos
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou, nesta quinta-feira (26), uma "readequação" do aparato de defesa do país, com a instalação de um sistema antidrones em áreas estratégicas, em meio a denúncias de planos para derrubá-lo.
Maduro se reuniu com o alto comando das Forças Armadas, que lhe jurou lealdade após sua questionada reeleição para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, denunciada como fraude pela oposição.
"Estamos avançando rapidamente nas capacidades de drones para a defesa nacional e é necessário ter defesa antidrones em todos os objetivos vitais: aeroportos, portos, etc., isso é muito importante", disse Maduro em um evento pelo 19º aniversário do Comando Estratégico Operacional (CEO), responsável pela gestão das tropas.
"É necessário fazer uma readequação (...), uma reengenharia dos processos de inteligência e contrainteligência estratégica, militar e policial do Estado venezuelano para adaptá-los às novas circunstâncias do século XXI e, em especial, às circunstâncias da Venezuela", acrescentou.
Maduro frequentemente denuncia conspirações contra ele, que geralmente atribui à oposição com a cooperação dos Estados Unidos.
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Após o anúncio dos resultados oficiais da eleição, protestos explodiram em todo o país, resultando em 27 mortos, quase 200 feridos e mais de 2.400 presos.
"Reiteramos toda a nossa lealdade", declarou seu ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, durante o evento.
O presidente também insistiu na revisão de "todos os equipamentos que tenham sido comprados", fazendo referência aos ataques ao Hezbollah, no Líbano, por meio de explosões de dispositivos de comunicação, que deixaram 37 mortos e quase 3 mil feridos.
"Máxima segurança", pediu o governante, que já havia instruído seus funcionários e apoiadores a não aceitarem dispositivos eletrônicos como presentes de Natal.