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SÍRIA

Mãe de americano desaparecido na Síria diz que nova liderança está determinada a encontrá-lo

A mãe dele também disse ter informações de que seu filho estava vivo, enquanto o novo governo sírio disse que estava procurando por ele

Debra Tice, mãe do jornalista americano desaparecido Austin Tice, que desapareceu enquanto fazia reportagens na Síria em agosto de 2012Debra Tice, mãe do jornalista americano desaparecido Austin Tice, que desapareceu enquanto fazia reportagens na Síria em agosto de 2012 - Foto: Louai Beshara/AFP

A mãe do jornalista americano Austin Tice, desaparecido na Síria desde 2012, disse nesta segunda-feira (20) em Damasco que os novos líderes estavam "determinados" a encontrar seu filho.

Austin Tice trabalhava para a Agence France-Presse, McClatchy News, The Washington Post, CBS e outros veículos de comunicação quando desapareceu em 2012 perto de Damasco, enquanto a Síria estava em guerra há mais de um ano.

"Tive o privilégio de conhecer os novos líderes da Síria", disse Debra Tice. "Foi maravilhoso saber que eles estão comprometidos e determinados a trazer meu filho para casa", acrescentou.

A ONG Hostage Aid Worldwide disse no final de dezembro que acreditava que Austin Tice estava vivo, sem fornecer nenhuma informação concreta sobre seu paradeiro.

A mãe dele também disse ter informações de que seu filho estava vivo, enquanto o novo governo sírio, que derrubou Bashar al-Assad em dezembro, disse que estava procurando por ele.

"Tenho grandes esperanças de que o governo Trump se envolva e seja muito diligente nos esforços para trazer Austin de volta para casa", disse ela nesta segunda-feira, acrescentando que assessores do novo presidente já entraram em contato com ela.

"Acho que eles agirão rapidamente", disse Tice, poucas horas antes da posse do novo presidente dos EUA.

O diretor da ONG, Nizar Zakka, acredita que Tice foi preso entre novembro de 2017 e fevereiro de 2024 pelo governo de Al-Assad.

Em entrevista à AFP em 13 de janeiro, Zakka disse que sua ONG tinha "muitas pistas", acrescentando que havia recebido ligações após uma grande campanha pedindo informações sobre Tice a sírios de todo o país.

A coalizão de rebeldes islamistas que derrubou Assad em 8 de dezembro abriu prisões e libertou milhares de detidos, incluindo um americano, mas Tice continua desaparecido.

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