Logo Folha de Pernambuco

Caso Henry Borel

Mãe de Henry sabia de agressões de Dr. Jairinho e 'protegeu o assassino', diz delegado

A declaração foi dada pelo delegado Henrique Damasceno, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8), após a prisão de Monique e do companheiro

Coletiva detalhou investigação após prisão de Jairinho e MoniqueColetiva detalhou investigação após prisão de Jairinho e Monique - Foto: Reprodução/TV Globo

A mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, sabia da "rotina de violência" sofrida pelo garoto, de 4 anos, e "protegeu o assassino". 

A declaração foi dada pelo delegado Henrique Damasceno, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8), após a prisão da mãe e do marido dela e padrasto de Henry, o vereador pela cidade do Rio de Janeiro Dr. Jairinho (afastado do Solidariedade).

Segundo o delegado, mensagens de celular coletadas pela polícia mostram a babá de Henry avisando a mãe sobre a rotina de agressões praticadas por Dr. Jairinho.

O garoto foi encontrado morto em 8 de março com indícios de agressão pelo corpo, segundo laudo do Departamento de Polícia Técnio-científica do estado do Rio de Janeiro. 

"Ela [Monique] não só se omitiu como concordou com esse resultado [a morte do garoto]. A babá fala que o Henry relatou a ela que o padrasto pegou pelo braço, deu um banda [rasteira], chutou", disse o delegado na coletiva.

"Não resta a menor dúvida, em relação aos elementos que nós temos, sobre a autoria do crime, dos dois", seguiu o delegado, ao citar a autoria da morte de Henry.

"Essa certeza [sobre a autoria da morte] veio vindo ao longo da investigação. A gente colheu uma série de depoimentos contraditórios e conseguimos constatar que a hipótese de acidente era descartada", completou o delegado.

O casal será indiciado por homicídio duplamente qualificado. A investigação segue em andamento. 

Segundo Henrique Damasceno, essa declaração deixou claro que houve uma lesão. Inicialmente, a morte do garoto de 4 anos, que ocorreu em 8 de março no apartamento onde morava com a mãe o padastro na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi tipificada e seria investigada como acidente.

"A babá fala que o Henry estava mancando, que quando foi tomar banho, ele não deixou porque estava com dor de cabeça. É óbvio que se trata de uma prova absolutamente relevante", acrescentou o delegado.

A babá disse a Monique que agressões aconteciam sempre no quarto onde Henry foi encontrado morto.

O delegado ainda classificou a versão de família harmoniosa citada por Monique e Dr. Jairinho como uma "farsa". "Ficou muito claro que toda aquela relação de família harmoniosa nada mais era que uma farsa. A mãe não afastou o agressor. Ele tem obrigação legal, não se trata apenas de uma questão moral", continuou Henrique Damasceno.

Mãe foi ao salão após enterro de Henry
O Jornal O Globo informou nesta quinta-feira que Monique foi ao salão de beleza um dia após o enterro de Henry. ELa gastou R$ 240 em serviços de manicure, pedicure e escova.

O salão fica a cinco minutos de carro do condomínio onde ela morava com Dr. Jairinho e o filho.

A defesa do casal não se pronunciou sobre as declarações da coletiva desta quinta-feira nem sobre a ida de Monique ao salão de beleza.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter