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ACOLHIMENTO

Mães atípicas: HSE realiza trabalho de acolhimento às mães de crianças atendidas na unidade

Projeto "Entendendo a neurodiversidade, você não está sozinha" oferece cuidados emocional e físico enquanto os filhos estão nas terapias

Hospital dos Servidores do Estado (HSE) realiza trabalho de acolhimento às mães de crianças atendidas na unidadeHospital dos Servidores do Estado (HSE) realiza trabalho de acolhimento às mães de crianças atendidas na unidade - Foto: Dayane Gomes

Psicólogos do Centro de Reabilitação Funcional e Cognitiva do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), no Recife, deram início a um trabalho de acolhimento às mães de crianças neuroatípicas atendidas no serviço.

O projeto “Entendendo a neurodiversidade, você não está sozinha” oferece às mães atípicas cuidado emocional, através de terapias com psicólogos, palestras e atividades de autocuidado.

O projeto, que já está em vigor há pouco mais de um mês, é voltado para o acolhimento de 290 mães atípicas que, atualmente, acompanham seus filhos nas terapias com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, neuro psicopedagogo, psiquiatra e neuropediatra.

“A  ideia é acolher essas mães enquanto as crianças estão em atendimento. Observamos que não só as mães, mas as avós, e até mesmo os pais, chegam aqui preocupados com o tratamento dos filhos, se dedicam exclusivamente ao desenvolvimento deles e terminam esquecendo de cuidar de si”, explica Jayna Seabra, coordenadora do Ambulatório Neurodivergente.    

Cuidado com a família
Uma das propostas do projeto e de que, durante as sessões com os psicólogos, os responsáveis pelas crianças possam desabafar, falar das angústias do dia a dia e do desafio de cuidar dos filhos.

De acordo com o psicólogo Frederico Porto, a família é a base do tratamento. Por isso, ela deve ser acolhida e abraçada.

"É necessário dizer que, quando cuidamos da nossa saúde emocional, isso reverbera na saúde da criança”, explica o psicólogo.  

“Estou me sentindo muito bem tratada pela equipe. Vejo que aqui eles estão dispostos a nos acolher. Quem tem uma filha com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se dedica exclusivamente à ela, a correria é grande. Mas também estou vendo que a minha filha está evoluindo bem, está mais calma depois que iniciou o tratamento”, revelou Lisiana Maria da Silva, que é mãe de Luísa Valentina, de seis anos, que é atendida no Centro de Reabilitação Funcional e Cognitiva do hospital.

Hospital dos Servidores do Estado (HSE) realiza trabalho de acolhimento às mães de crianças atendidas na unidadeAs mães já participaram de palestras sobre dedicação aos filhos, e receberam, recentemente, dicas de beleza. Foto: Dayane Gomes.

Mães atípicas
O projeto é o primeiro grupo de mães formado pela equipe do centro. Lá, elas já participaram de palestras sobre dedicação aos filhos, e receberam, recentemente, dicas de beleza: aprenderam a se maquiar e realizar limpeza de pele, uma atenção que muitas vezes é deixada de lado pela dedicação exclusiva aos filhos.

Rosângela Medeiros, mãe de Amanda Luísa, 11, afirma que é "só gratidão":

 “Quero parabenizar a equipe, junto com o Sassepe, só tenho elogios e satisfação. Participamos do primeiro encontro, foi muito acolhedor, e hoje foi para ressaltar a importância do cuidado, temos que cuidar de nossos filhos, mas também cuidar de nós”, lembra.

As mães atípicas interessadas no atendimento devem comunicar aos profissionais no Ambulatório Neurodivergente, que estão programando novos grupos para as sessões e atividades.

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