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Chile

Maior produtora de cobre do mundo fecha fundição na 'Chernobyl chilena'

Após seis décadas de atividade altamente poluente, usina de fundição "Ventanas" finaliza operação

A estatal chilena Codelco, maior produtora de cobre do mundo, fechou nesta quarta-feira sua fundição de Ventanas, após seis décadas de atividades altamente poluentes que transformaram a área perto de Santiago, onde operava junto com outras empresas.A estatal chilena Codelco, maior produtora de cobre do mundo, fechou nesta quarta-feira sua fundição de Ventanas, após seis décadas de atividades altamente poluentes que transformaram a área perto de Santiago, onde operava junto com outras empresas. - Foto: Pablo Vera/AFP

A estatal chilena Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, fechou sua usina de fundição "Ventanas" nesta quarta-feira (31), após seis décadas de atividade altamente poluente que transformaram a área próxima de Santiago onde operava junto com outras empresas na "Chernobyl chilena".

Em um ato organizado para a imprensa, o gerente de operações da Codelco Ventanas, Pablo Bohler, deu a ordem de "parar de forma definitiva o forno conversor 'Teniente'".

Segundos depois, o fogo foi apagado e, com isso, o governo de Gabriel Boric cumpriu sua promessa de interromper parte da operação da Codelco na zona industrial de Quintero e Puchuncaví, uma baía próxima a Santiago onde estão instaladas cerca de 15 empresas.

Por décadas, a usina emitiu toneladas de partículas nocivas através de suas chaminés. Inclusive, na véspera de seu fechamento, uma centena de estudantes tiveram problemas de intoxicação por causa da má qualidade do ar neste polo industrial.

"Hoje estão sendo apagados os fornos da fundição, mas não se apaga a convicção de construir um Chile mais justo, onde todos os habitantes tenham o direito de poder desenvolver suas vidas nas condições que acharem melhor", disse Boric em uma mensagem gravada.

A usina de fundição "Ventanas" operou desde 1964. A Codelco, no entanto, manterá as atividades de refinaria no local.

Parte dos 766 trabalhadores serão realocados e outros deixarão a empresa após acordo com a estatal.

 

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