Mais cinco presos na Índia por estupro de turista de origem brasileira
Ao total, oito pessoas foram detidas pelo crime, que ocorreu na semana passada no distrito de Dumka
A polícia indiana prendeu mais cinco homens relacionados ao estupro coletivo de uma turista espanhola de origem brasileira, aumentando para oito o número de detidos, informou a imprensa local nesta terça-feira (5).
O ataque à mulher, que viajava de moto com o marido em uma região remota do leste da Índia, ocorreu na semana passada no distrito de Dumka, no estado de Jharkhand, onde o casal estava acampado.
A agência de notícias Press Trust of India (PTI) divulgou imagens de cinco suspeitos, algemados e acorrentados em fila, na frente de vários policiais.
Na segunda-feira, outros três homens compareceram ao tribunal, com sacos na cabeça, e foram detidos sob custódia.
"Até agora houve oito prisões relacionadas com o suposto estupro coletivo de uma mulher espanhola", disse a PTI, citando fontes policiais.
"Os três primeiros detidos fizeram um novo depoimento, no qual mencionaram mais cinco nomes, por isso, até agora, prendemos oito culpados no total", disse Pitamber Singh Kherwar, um alto funcionário da polícia local.
Kherwar afirmou que se forem condenados, esses homens enfrentarão "punição rigorosa". "Estamos construindo um caso sólido contra eles", acrescentou.
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As autoridades indenizaram o casal com 12 mil dólares (quase 60 mil reais na cotação atual), como parte de um "plano de indenização às vítimas", segundo a rede NDTV.
Em 2022, uma média de 90 estupros foram relatados diariamente na Índia, de acordo com o escritório nacional de registros criminais.
A vítima publicou uma mensagem no Instagram após as novas prisões.
"Pegaram todos os criminosos e eram oito no total", escreveu ela, agradecendo à polícia pela sua "eficácia".
"Peço justiça a todas as mulheres que também passam por isso, que não seja só eu, todas merecemos o mesmo".
No entanto, muitos destes ataques não são denunciados, devido ao estigma que muitas vezes as vítimas sofrem e também devido à falta de confiança no trabalho da polícia.
As condenações raramente são emitidas e muitos casos acabam estagnados no saturado sistema judicial do país.
Mas, em 2012, o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada ganhou as manchetes em todo o mundo.
O caso trouxe à tona os altos níveis de violência sexual na Índia e levou a semanas de protestos e a uma mudança na legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte.