Logo Folha de Pernambuco
Europa

Mais de 200.000 manifestantes em Munique contra a extrema direita alemã

No último domingo, 160.000 pessoas também foram as ruas contra extremismo de direita

Milhares protestam contra a extrema-direita na AlemanhaMilhares protestam contra a extrema-direita na Alemanha - Foto: LUKAS TUTTAS/AFP

Novas manifestações em massa contra a extrema direita ocorreram na Alemanha neste sábado (8), incluindo uma grande mobilização em Munique (sul) com 200.000 pessoas, segundo a polícia da capital Bávara.

“Estimamos que mais de 200.000 pessoas estavam presentes”, disse em seu grupo de WhatsApp.

Duas semanas antes das eleições parlamentares alemãs, os manifestantes, reunidos sob o slogan “a democracia precisa de você”, alertaram contra qualquer colaboração com o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

Os organizadores da manifestação “Munique é multicolorida” queriam enviar “um forte sinal de diversidade, dignidade humana, coesão e democracia” antes das eleições.

Para este sábado, “avós contra a extrema direita”, um movimento criado em 2018 e inspirado numa iniciativa semelhante à Áustria, convocou manifestações em várias cidades alemãs, incluindo Hannover (norte), onde, segundo a polícia, 24.000 pessoas protestaram.

No último domingo, 160.000 pessoas, segundo a polícia, se manifestaram na capital alemã, Berlim, pelos mesmos motivos.

As manifestações foram desencadeadas na semana passada depois que o candidato conservador à chancelaria (CDU) e favorito nas pesquisas, Friedrich Merz, se mudou da AfD.

Ele se apoiou nesse partido para fazer passar no Bundestag (parlamento alemão) um movimento não vinculante que busca bloquear todos os estrangeiros sem documentos na fronteira, inclusive os solicitantes de asilo.

Até agora, os partidos tradicionais rejeitaram qualquer cooperação em nível nacional com a extrema direita, em nome do “cordão sanitário” ou “firewall” erguido contra a formação nacionalista e hostil aos migrantes.

Reunidos na segunda-feira em um congresso, os conservadores declararam firmemente que excluíram qualquer governo da AfD, o segundo partido nas pesquisas depois dos conservadores.

Veja também

Newsletter