Mais de 400 pessoas foram executadas no Irã em 2024, segundo especialistas da ONU
Metade das execuções teve relação com crimes de drogas
Mais de 400 pessoas, incluindo 15 mulheres, foram executadas no Irã em 2024, afirmaram nesta segunda-feira (2) especialistas da ONU, denunciando um aumento desses casos em agosto.
Pelo menos 81 pessoas foram executadas no mês passado, quase o dobro das 45 de julho, detalharam os especialistas independentes em um comunicado, sem citar suas fontes.
O número de execuções registradas neste ano já ultrapassa 400 pessoas, das quais 15 são mulheres, acrescentou o grupo de especialistas, composto por seis enviados especiais e cinco membros do Grupo de Trabalho da ONU sobre a Discriminação contra Mulheres e Meninas.
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Esses especialistas — enviados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não falam em nome da organização — dizem estar "profundamente preocupados com o forte aumento do número de execuções".
Metade das execuções (41) teve relação com crimes de drogas, detalhou o comunicado, que lembra que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, do qual o Irã é signatário, "limita a aplicação da pena de morte a 'crimes mais graves', ou seja, a homicídios voluntários".
"As execuções por infração à legislação sobre drogas violam as normas internacionais", declararam os especialistas.
Na opinião deles, o número de execuções por infrações relacionadas a drogas aumentou claramente no Irã desde 2021, com mais de 400 casos em 2023.
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