Animais

Mais de 90 filhotes de tartaruga-marinha nascem na praia de Boa Viagem

Este foi o segundo nascimento de tartarugas no litoral pernambucanos nos últimos dois dias

Filhotes nasceram na praia de Boa Viagem - Foto: Divulgação/SMAS

Após mais de 65 dias de monitoramento por parte da Brigada Ambiental do Recife, 94 filhotes de tartaruga-marinha da espécie tartaruga-oliva nasceram nessa quinta-feira (20), na praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A brigada, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura do Recife, em parceria com o Projeto Tamar, é responsável por garantir a preservação e segurança da desova dos animais.

A tartaruga-oliva é considerada vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Segundo a Brigada, apenas oito ovos do ninho não eclodiram e 26 filhotes morreram. Este foi o segundo nascimento de tartarugas-marinhas em dois dias no litoral pernambucano. Na quarta-feira (19), 96 filhotes nasceram na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes.

Leia também

• Filhotes de tartaruga-marinha nascem na praia de Piedade

• Mais 101 tartarugas-de-pente nasceram na praia do Janga, em Paulista

• Mais de 130 tartarugas-de-pente nasceram na praia de Enseada dos Corais, na RMR

“Durante todo o período de incubação fizemos o monitoramento necessário para preservar o ninho, além de que a cerca impede a violação e passagem de banhistas próximo ao espaço. Acompanhamos o momento da eclosão e o percurso percorrido pelas tartarugas até o mar”, contou o chefe da Brigada Ambiental, Júlio Melo.

A época de desova é regida principalmente pela temperatura, ocorrendo nos períodos mais quentes do ano. No litoral brasileiro, acontece entre setembro e março, com variação entre as espécies. “É importante que a população ajude avisando sempre que identificar uma desova. O melhor a fazer é acionar a Brigada Ambiental e deixar o animal tranquilo para compor seu ninho”, esclarece o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho.

Lei de Crimes Ambientais
O espaço onde estava o ninho foi cercado com estacas e uma placa de sinalização que cita a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98). De acordo com a Lei, modificar, danificar ou destruir ninhos, abrigo ou criadouro de espécimes da fauna silvestre é crime ambiental, com penalidade de detenção de seis meses a um ano. Na placa também constava o número para denúncia por violação através da Central de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife: 0800.720.4444.