Mais de 90 pessoas são detidas na França por protestos agrícolas
Há vários dias, o país vive uma onda de protestos de agricultores, que pedem auxílios de emergência
Ao menos 94 pessoas foram detidas nesta quarta-feira (31) na França, no importante mercado atacadista de Rungis, o maior da Europa e próximo a Paris, no contexto dos protestos de agricultores que sacodem o país.
À tarde, 79 foram detidos quando diversas pessoas "entraram a pé brevemente em uma área de armazenamento" onde "provocaram destruição" e depois foram expulsas, disse à AFP uma fonte policial.
Estas prisões se somam às de outras 15 pessoas algumas horas antes, também nas imediações de Rungis, o maior mercado de produtos in natura do mundo e crucial para o abastecimento de frutas e verduras da capital francesa.
Há vários dias, a França vive uma onda de protestos de agricultores, que pedem auxílios de emergência e acusam a União Europeia e as importações de países de fora do bloco de serem responsáveis pela crise do setor.
Leia também
• Dino deixa governo habilitando discurso de Lula contra Bolsonaro na segurança pública
• Cauê Moura, antigo amigo de PC Siqueira, fala sobre morte do influenciador
• Congresso dos EUA interroga diretores de redes sociais sobre proteção de menores
Até as 16h50 locais (12h50 em Brasília), dezenas de agricultores, entre eles alguns integrantes do sindicato Coordenação Rural, tinham chegado aos armazéns de Rungis, segundo um jornalista da AFP.
"Tínhamos decidido ocupar Rungis e ocupamos Rungis", disse à AFP Serge Bousquet-Cassagne, presidente da Câmara de Agricultura do departamento de Lot-et-Garonne, no sudoeste do país.
Um comboio de 200 a 300 tratores partiu na segunda-feira do sudoeste da França rumo ao norte.
Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, havia nesta quarta-feira mais de 100 pontos de bloqueio e cerca de 10.000 manifestantes em todo o país.
Os protestos afetam outros países europeus, como Alemanha, Polônia, Romênia, Bélgica e Itália. Na terça-feira, os sindicatos agrícolas espanhóis anunciaram que se juntarão ao movimento.
Veja também
Ministério da Saúde prepara linha de cuidado para pessoas com albinismo
