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Manifestação na Síria reivindica o destino de pessoas desaparecidas

Três ONGs pediram às novas autoridades que tomem medidas para preservar as evidências das "atrocidades" cometidas pelo regime de Assad

Pessoas seguram fotos de pessoas desaparecidas durante uma manifestação celebrando a queda do presidente sírio Bashar al-Assad na Praça Ummayad, na capital Damasco, em 27 de dezembro de 2024.Pessoas seguram fotos de pessoas desaparecidas durante uma manifestação celebrando a queda do presidente sírio Bashar al-Assad na Praça Ummayad, na capital Damasco, em 27 de dezembro de 2024. - Foto: Omar Haj Kadour / AFP

Uma multidão silenciosa se reuniu em Damasco, nesta sexta-feira (27), para reivindicar o destino de seus parentes desaparecidos nas prisões do regime sírio deposto e para exigir justiça.

O destino de dezenas de milhares de prisioneiros e pessoas desaparecidas é um dos aspectos mais dolorosos da tragédia síria, em um país dilacerado por mais de 13 anos de uma guerra devastadora que deixou mais de meio milhão de mortos.

Na praça Hijaz, no centro de Damasco, várias dezenas de manifestantes carregavam fotos de familiares desaparecidos, disse um correspondente da AFP.

“É hora de responsabilizar os tiranos”, proclamava uma faixa preta exibida na varanda da antiga estação de trem de Damasco.

“Revelar o destino dos desaparecidos é um direito”, ou "Não quero um túmulo desconhecido para meu filho, quero a verdade", podiam ser lidos em outros cartazes.

Impensável semanas atrás, quando Bashar al-Assad era o presidente, a manifestação em Damasco agora é possível sob as novas autoridades dominadas pelos islamistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS).

Três ONGs pediram às novas autoridades, na segunda-feira, que tomem medidas para preservar as evidências das “atrocidades” cometidas pelo regime de Assad.

As forças de segurança prenderam na quinta-feira um general que chefiava o sistema de justiça militar no oeste do país. Ele é acusado de ser responsável pela condenação à morte de milhares de detentos na prisão de Saydnaya após julgamentos sumários, de acordo com ativistas.

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