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América do Sul

Manifestantes pedem justiça pelo ataque ao centro judaico da AMIA na Argentina

Como em todos os aniversários, a cerimônia começou com o soar das sirenes às 09h53, hora exata em que em 18 de julho de 1994 explodiu a sede da associação

Atentado, em 1994, que destruiu o centro judaico AMIA, em Buenos AiresAtentado, em 1994, que destruiu o centro judaico AMIA, em Buenos Aires - Foto: Ali Burafi/AFP

Sob o lema "justiça ausente, digamos presente", centenas de pessoas voltaram a exigir nesta terça-feira (18) o esclarecimento do atentado que em 1994 destruiu o centro judaico AMIA em Buenos Aires e deixou 85 mortos.

Como em todos os aniversários, a cerimônia começou com o soar das sirenes às 09h53, hora exata em que em 18 de julho de 1994 explodiu a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), edifício posteriormente reconstruído.

"Pela primeira vez, o nosso país vai comemorar 40 anos ininterruptos de democracia (...), mas a nossa democracia esbarra em 29 anos de uma vergonhosa impunidade, sem um só responsável pelo assassinato de 85 pessoas", disse o presidente da AMIA, Amos Linetzky. "Sem justiça não há democracia", concluiu.

Em um discurso duro, o líder da comunidade judaica argentina, que com 300 mil membros é a maior da América Latina, questionou a justiça e as autoridades políticas.

"Não há dúvidas de que (o ataque) foi planejado e organizado pela República do Irã e foi executado pela organização terrorista Hezbollah. Alertas vermelhos e mandados de prisão emitidos pela Interpol pesam sobre os responsáveis", alertou Linetzky.

A Justiça mantém, desde 2006, o pedido de prisão de oito iranianos, incluindo o ex-presidente Ali Rafsanjani.

O bombardeio da AMIA, o pior ataque da história argentina, deixou 300 feridos e 85 mortos.

Não há detidos pelo caso e os motivos do ataque ainda não foram esclarecidos. A investigação judicial do caso envolveu denúncias por desvio de pistas, condenações por encobrimento e processos anulados.

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