Manifestantes pedem renúncia de Doria, fim da fase vermelha e reabertura do comércio em São Paulo
Segundo Gabriel Della Torre, um dos organizadores, o protesto reuniu cerca de 400 pessoas e aconteceu de forma pacífica
Comerciantes, motoristas de transporte escolar e motoboys ocupam a praça Rotary Morumbi, próximo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no Morumbi (zona sul), em protesto contra o fechamento do comércio e o fim da fase vermelha. O grupo também pede a renúncia do governador João Doria (PSDB).
Segundo Gabriel Della Torre, um dos organizadores, o protesto reúne cerca de 400 pessoas e acontece de forma pacífica.
"Não pudemos ocupar a frente do Palácio porque estava interditada. Devem ter tomado essa medida porque o movimento comunicou, por ofício, a polícia militar", diz Torre.
"A primeira coisa que a gente tem que fazer aqui é homenagear essa polícia militar. Nós somos a voz de vocês, porque vocês têm família e a família de vocês também está passando as mesmas dificuldades que nós. Estamos aqui para pedir que o Doria renuncie, porque o impeachment vai demorar muito pro nosso gosto", diz um dos manifestantes.
Leia também
• São Paulo confirma 38 casos da variante de Manaus
• Fase vermelha no estado de São Paulo começa à 0h de sábado (6)
• UTIs de hospitais privados de São Paulo já registram lotação total por Covid-19
"Primeiramente, Deus acima de tudo; segundo, fora Doria. Estamos pelo segundo dia consecutivo nas ruas batalhando contra esse governador nojento que está no Palácio dos Bandeirantes", afirma outro manifestante. A manifestação foi organizada nas redes sociais e partiu do grupo Política Mais, que convocou trabalhadores e entidades afetados pelo fechamento do comércio.
Para conter a pandemia de Covid-19 e a alta de internações, o estado de São Paulo regrediu para a fase vermelha do Plano SP a partir da 0h do sábado (6) e permanecerá até 19 de março.
"Nós queremos a abertura do comércio. Tem muita gente desempregada. Os hospitais de campanha não deveriam ter sido fechados, porque todo mundo sabia que teria aglomeração no Natal e ano novo. Se os hospitais permanecessem abertos não estaríamos nessa situação", afirma Torre.
A previsão é encerrar o protesto por volta de 18h.
O grupo também prestou uma homenagem à Alessandra Maluf, vizinha de Doria que gravou um vídeo denunciando uma festa promovida pelo filho do tucano. As imagens viralizaram nas redes sociais.
No sábado (6), Doria registrou uma queixa-crime contra os responsáveis pelo vídeo.