Manifestantes rejeitam planos de construção de penitenciária na Amazônia do Equador
Os manifestantes retiraram o cordão policial e cercaram a sede do governo de Napo, em Tena, capital da província
Pelo menos cem pessoas protestaram na quinta-feira contra a construção de uma prisão de segurança máxima na Amazônia equatoriana e exigiram a demissão do governador de Napo, região onde se planeja a construção.
“Diante da recusa do Governo de (Daniel) Noboa em atender à reivindicação de #Napo, nos seus 10 dias de greve, os povos e nacionalidades amazônicos ocuparão o Governo, como medida de fato antes da construção da prisão de segurança máxima em território indígena", escreveu a Confederação das Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana (Confeniae) no X.
#ATENCION | Ante la negativa del Gobierno de #Noboa de atender la demanda de #Napo, en sus 10 días de paro, los pueblos y nacionalidades amazónicos se tomaron la Gobernación, como medida de hecho ante la construcción de la cárcel de máxima seguridad en territorio indígena. pic.twitter.com/8jPBlEj5bD
— CONFENIAE (@confeniae1) December 13, 2024
Os manifestantes retiraram o cordão policial e cercaram a sede do governo de Napo, em Tena, capital da província.
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Gritando “Noboa, escuta, Napo está na luta”, exigiram a paralisação do projeto na localidade de Archidona, segundo a Confeniae no Facebook.
A construção de dois presídios de segurança máxima, um na província costeira de Santa Elena e outro na Amazônia, faz parte do rigoroso plano do governo contra as máfias que afetam o país.
A violência do crime organizado transformou o Equador, com 17 milhões de habitantes, em uma das nações mais violentas dos últimos anos. A taxa de homicídios passou de 6 por 100 mil habitantes em 2018 para um recorde de 47 em 2023.