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Margem a uma revolução
Rio Capibaribe ganha espaços dentro de uma nova tendência de convivência social que questiona velhos modelos
No passado, as margens do rio Capibaribe foram fator determinante para a economia pernambucana devido a seu solo próprio para o cultivo. Dentro de um conceito moderno, essas mesmas margens ressurgem como uma área fértil para outro cultivo: o da convivência em sociedade. Aos poucos, a cidade do Recife começa a transformar trechos à beira de seu afluente mais famoso visando ocupar e dar mais vida a esses espaços, além do ecossistema natural. Nesse caminho, alguns antigos modelos de uso desses lugares pedem para ser revistos.
É o caso da rua da Aurora, na interseção dos bairros da Boa Vista e Santo Amaro. Após um processo de degradação que durou anos, o trecho entre as pontes Princesa Isabel e do Limoeiro foi reformado pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) e entregue à comunidade, com diversas áreas de convivência, porém, sem haver uma discussão sobre a demanda dos frequentadores, que questionam velhos problemas. Em contraponto, novos espaços surgem com uma proposta mais ousada, como a parceria público-privada do Cais do Imperador, no bairro de Santo Antônio, e a parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e organizações não governamentais do Jardim do Baobá, nas Graças, e das margens da Capunga, no Derby, este ainda em processo de discussão.
O Cais da Aurora segue a cartilha tradicional de concepção de espaço de lazer e diversão. A última reforma na área foi entregue em janeiro último e já apresenta sinais de deterioração. “Visualmente é um ambiente espetacular. Mas é um pouco mal frequentado, tem o mal cheiro, moradores de rua tomando conta. Precisa aumentar a segurança”, afirma o operador de call center Harthur Cezar Feitoza, 21 anos, morador de Paulista.
Já os novos espaços surgem com o intuito de superar esses antigos imbróglios. Inaugurado no dia 11 de setembro, o Jardim do Baobá, próximo à Ponte d’Uchôa, é fruto de análise de demanda promovido pela PCR em parceria com o grupo multidisciplinar Inciti, da UFPE, que pesquisa inovação urbana. A área possui mesa de 10 metros de comprimento para uso coletivo, balanços e píer com deck flutuante. “Para mim foi uma surpresa. O Recife está precisando. Quando o poder público se propõe a recuperar esses espaços quem ganha é a população”, afirma o ex-árbitro de futebol Cid Bezerra, 58 anos, morador do Janga, acompanhado das netas Luana e Zoe, ambas de 7 anos.
Anteontem e ontem, no Derby, houve o movimento Ativação Capunga para que o público experimentasse mais um local e contribuísse com propostas de ocupação. “A ideia é, através da vivência, levar as pessoas a se relacionar de uma nova maneira com o Capibaribe”, explica um dos coordenadores do Inciti, Julien Ineichen, 38.
Enquanto o projeto da Derby é discutido, além do Jardim do Baobá o público já pode frequentar a nova estação ecoturística Cais do Imperador, na avenida Martins de Barros, defronte à Praça 17. O antigo píer criado para receber o imperador Dom Pedro II e sua família, no século 18, foi reformado e reinaugurado anteontem. Além de painéis que contam sua história, o espaço traz um cafeteria. Em breve as demais edificações ganharão um setor de informações e o prometido serviço de passeio fluvial.
É o caso da rua da Aurora, na interseção dos bairros da Boa Vista e Santo Amaro. Após um processo de degradação que durou anos, o trecho entre as pontes Princesa Isabel e do Limoeiro foi reformado pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) e entregue à comunidade, com diversas áreas de convivência, porém, sem haver uma discussão sobre a demanda dos frequentadores, que questionam velhos problemas. Em contraponto, novos espaços surgem com uma proposta mais ousada, como a parceria público-privada do Cais do Imperador, no bairro de Santo Antônio, e a parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e organizações não governamentais do Jardim do Baobá, nas Graças, e das margens da Capunga, no Derby, este ainda em processo de discussão.
O Cais da Aurora segue a cartilha tradicional de concepção de espaço de lazer e diversão. A última reforma na área foi entregue em janeiro último e já apresenta sinais de deterioração. “Visualmente é um ambiente espetacular. Mas é um pouco mal frequentado, tem o mal cheiro, moradores de rua tomando conta. Precisa aumentar a segurança”, afirma o operador de call center Harthur Cezar Feitoza, 21 anos, morador de Paulista.
Já os novos espaços surgem com o intuito de superar esses antigos imbróglios. Inaugurado no dia 11 de setembro, o Jardim do Baobá, próximo à Ponte d’Uchôa, é fruto de análise de demanda promovido pela PCR em parceria com o grupo multidisciplinar Inciti, da UFPE, que pesquisa inovação urbana. A área possui mesa de 10 metros de comprimento para uso coletivo, balanços e píer com deck flutuante. “Para mim foi uma surpresa. O Recife está precisando. Quando o poder público se propõe a recuperar esses espaços quem ganha é a população”, afirma o ex-árbitro de futebol Cid Bezerra, 58 anos, morador do Janga, acompanhado das netas Luana e Zoe, ambas de 7 anos.
Anteontem e ontem, no Derby, houve o movimento Ativação Capunga para que o público experimentasse mais um local e contribuísse com propostas de ocupação. “A ideia é, através da vivência, levar as pessoas a se relacionar de uma nova maneira com o Capibaribe”, explica um dos coordenadores do Inciti, Julien Ineichen, 38.
Enquanto o projeto da Derby é discutido, além do Jardim do Baobá o público já pode frequentar a nova estação ecoturística Cais do Imperador, na avenida Martins de Barros, defronte à Praça 17. O antigo píer criado para receber o imperador Dom Pedro II e sua família, no século 18, foi reformado e reinaugurado anteontem. Além de painéis que contam sua história, o espaço traz um cafeteria. Em breve as demais edificações ganharão um setor de informações e o prometido serviço de passeio fluvial.
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