Marina onde jovem negro foi agredido desmente que demitiu funcionária por proteger vítima
Agressões e injúrias foram cometido pelos irmãos Thierry Rocha, Thayanne Rocha e um amigo dos dois, cujo nome ainda não foi identificado
A MF Marina, por meio de nota, desmentiu uma denúncia veiculada na imprensa e nas redes sociais de que teria demitido quatro funcionários por eles terem protegido o jovem Lucas de Lima Paiva, de 20 anos, vítima de violência física e injúrias raciais de três jovens brancos, no último sábado (30).
Apesar da Polícia Civil de Pernambuco, que investiga o caso, não ter revelado os nomes dos agressores, a Folha de Pernambuco confirmou com uma fonte que testemunhou as prisões que o crime foi cometido pelos irmãos Thierry Rocha, Thayanne Rocha e um amigo dos dois, cujo nome ainda não foi identificado.
"A MF Marina Clube informa que, em relação ao que vem sendo veiculado pela mídia, apenas uma funcionária foi desligada do quadro de funcionários da empresa, e não quatro, como consta nas reportagens. O desligamento foi realizado na manhã do domingo, dia 31 de janeiro, e nada tem a ver com a confusão ocasionada por um grupo de jovens no fim da tarde do último sábado, dia 30", explica a nota.
Segundo a empresa, a demissão da funcionária "já estava nos planos da marina e se deu por questões de ordem administrativa, que não serão expostas ao público. Não procede o relato de que a demissão aconteceu após ela tentar apartar uma briga entre jovens que ocorria nas dependências internas da marina".
Confira a nota, na íntegra:
"A MF Marina Clube informa que, em relação ao que vem sendo veiculado pela mídia, apenas uma funcionária foi desligada do quadro de funcionários da empresa, e não quatro, como consta nas reportagens. O desligamento foi realizado na manhã do domingo, dia 31 de janeiro, e nada tem a ver com a confusão ocasionada por um grupo de jovens no fim da tarde do último sábado, dia 30.
A demissão já estava nos planos da marina e se deu por questões de ordem administrativa, que não serão expostas ao público. Não procede o relato de que a demissão aconteceu após ela tentar apartar uma briga entre jovens que ocorria nas dependências internas da marina.
A MF Marina Clube reitera que os outros 03 funcionários que aparecem nas reportagens seguem no quadro de colaboradores da empresa. Eles estavam na Delegacia de Paulista para prestar queixa contra um grupo de jovens por lesão corporal e ofensas verbais. Os funcionários, que tentavam acalmar os ânimos na hora da briga, foram agredidos, fato que foi visto por dezenas de pessoas que estavam na marina no último sábado.
A equipe da marina fez o possível para resolver a situação até a chegada da Polícia ao local e deu todo o suporte necessário ao jovem Lucas Paiva, de 20 anos, que foi vítima de injúria racial e lesão corporal por um grupo de agressores.
Reforçamos mais uma vez que a briga teve início dentro de uma lancha, que navegava pelo Rio Timbó e que só parou na marina, porque era o ponto de desembarque mais próximo, como foi admitido pelo próprio Lucas, em diversas reportagens.
A embarcação, em que os jovens estavam, não pertence ao quadro de clientes da MF Marina, sequer partiu de lá. Importante esclarecer que qualquer embarcação pode entrar no nosso espaço, já que possuímos posto de combustíveis e loja de conveniência abertos ao público.
A MF Marina Clube repudia as agressões e toda e qualquer forma de discriminação e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos que porventura se façam necessários.
Paulista, 03 de fevereiro de 2021.
MF Marina Clube"
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Entenda o caso
Dois homens, de 23 e 25 anos, e uma mulher de 23 anos foram presos em flagrante pela Polícia Civil de Pernambuco pelos crimes de injúria qualificada racial e lesão corporal contra Lucas de Lima Paiva, 20 anos, estudante de engenharia da UFPE. Um vídeo que registrou o momento das agressões viralizou nas redes sociais.
O caso ocorreu no sábado (30), na MF Marina Clube, em Maria Farinha, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife. De acordo com a polícia, um inquérito policial foi aberto para apurar os crimes. Os três foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Paulista.
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