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Martine Grael e Kahena Kunze portarão a bandeira do Brasil

Campeãs olímpicas e atuais número um do mundo disputam o segundo Pan, em Lima, em Toronto-2015, ficaram com a prata

Martine Grael e Kahena KunzeMartine Grael e Kahena Kunze - Foto: Divulgação/COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quinta-feira (25) a porta-bandeira da delegação brasileira nos Jogos Pan-americanos Lima 2019. E, pela primeira vez, foram os nomes, no plural. As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs olímpicas na Rio 2016 e atuais número 1 do mundo da classe 49er FX, serão as responsáveis por carregar o pavilhão do Brasil no Estádio Nacional do Peru no desfile da Cerimônia de Abertura. É também inédita mulheres como porta-bandeira em Jogos Pan-americanos.

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Martine e Kahena praticamente nasceram velejando e são descendentes de uma linhagem de campeões. Martine Soffiatti Grael, niteroiense de 28 anos, é filha do bicampeão olímpico Torben Grael e começou no esporte aos quatro anos de idade pelo Rio Yacht Club. Já Kahena Kunze, paulista de 28 anos, é filha de Claudio Kunze, campeão mundial júnior da classe Pingüim em 1973, começou na vela na Represa de Guarapiranga, em São Paulo, antes da família se mudar para o Rio de Janeiro, quando ela tinha dez anos.

As duas se conheceram ainda adolescentes, aos 13 anos, quando as duas competiam na classe Optimist, se tornando adversárias nas águas e amigas fora dela. Quando decidiram mudar de embarcação, se uniram como timoneira e proeira, em já em 2009, apenas cinco anos depois de se conhecerem, já eram campeãs mundiais júnior na classe 420.

Depois de um breve distanciamento das duas, quando Martine buscou a classificação para Londres 2012 com Isabel Swan, as duas conquistaram o Mundial de 49er FX em Santander em 2014, ano em que receberam do Comitê Olímpico do Brasil (COB) o prêmio de Atleta do Ano durante o Prêmio Brasil Olímpico. Em Mundiais da classe, as duas ainda possuem duas pratas, em Marselha 2013 e Buenos Aires 2015.

A primeira e única vez que Martine e Kahena disputaram Jogos Pan-americanos foi na última edição, em Toronto, e elas ficaram com a prata, atrás das argentinas María Branz e Victoria Travascio. O aprendizado do Pan se refletiu nos Jogos Olímpicos Rio 2016, quando conquistaram o ouro com uma vantagem de apenas 2 segundos para as segundas colocadas da Nova Zelândia.

No Mundial de 2017, na cidade do Porto, as brasileiras foram novamente vice-campeãs, atrás das dinamarquesas Jena Mai Hansen e Katja Salskov-Iversen. As duas se afastaram para que Martine pudesse disputar a Volvo Ocean Race, corrida de barcos que dá volta ao mundo, durante um ano. No retorno, garantiram a classificação do Brasil para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 na classe 49er FX ao terminarem o Mundial da Dinamarca em 2018 na quarta colocação, em uma das poucas competições em que não chegaram ao pódio na história da dupla. A recuperação veio pouco mais de um mês depois com o ouro no evento-teste da vela em Enoshima, no Japão, mesmas águas em que serão disputados os Jogos Olímpicos.

A competição de vela nos Jogos Pan-americanos Lima 2019 começa no dia 3 de agosto. Depois da disputa, a dupla volta para o Japão para mais um período de treinamentos e competições em Enoshima.

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