McDonald's é processado nos EUA por manter programa de bolsas para latinos
Grupo contrário a políticas de diversidade alega discriminação com outras minorias étnicas. Iniciativa tem mais de 30 anos
O McDonald's está sendo processado por manter um programa de concessão de bolsas de estudo a estudantes latinos e hispânicos nos Estados Unidos. O processo é movido por um grupo contrário a ações afirmativas e que não considerou suficiente a decisão da empresa de acabar com sua política de diversidade e inclusão.
A ação foi ajuizada no tribunal federal de Nashville, nos Estados Unidos, pela American Alliance for Equal Rights, um grupo fundado por Edward Blum, contrário a aquele tipo de iniciativa. No processo, o autor alega que o programa de bolsas discrimina ilegalmente estudantes de outros grupos étnicos.
"É nossa esperança que o McDonald's pause imediatamente este programa de bolsas de estudo para que ele possa ser aberto a todos os estudantes do ensino médio com poucos recursos, independentemente de sua origem étnica", disse Blum.
A rede de lanchonetes diz que, desde o lançamento, em 1985, o programa concedeu mais de US$ 33 milhões (cerca de R$ 200 milhões) de bolsas de estudo para cerca de 17 mil estudantes hispânicos e latinos.
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"Estamos no processo de revisar a reclamação e responderemos de acordo", disse o McDonald's em comunicado por e-mail.
A empresa anunciou, na semana passada, uma ampla revisão de sua política de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Parte desse processo, diz, "será revisar programas, em parceria com nossos franqueados quando aplicável, para garantir que estejam alinhados com nossa visão daqui para frente."
A companhia informou que abandonaria as metas de diversidade para funcionários, medida que também foi adotada por Meta, Ford e Walmart.
Ao fazerem isso, essas empresas se aproximam da visão de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, que tomará posse na próxima segunda-feira, dia 20.