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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

McDonald's segue impactado por boicote vinculado à guerra em Gaza

McDonald's foi alvo de críticas depois que sua franquia em Israel decidiu oferecer, em novembro, comida de graça ao Exército israelense

Rede de fast food tem cerca de 40 mil restaurantes em todo o mundoRede de fast food tem cerca de 40 mil restaurantes em todo o mundo - Foto: Kenzo Tribouillard/AFP

A rede de fast-food McDonald's indicou, nesta terça-feira (30), que seus resultados seguiram sendo prejudicados no primeiro trimestre por causa do conflito em Gaza, após pedidos de boicote contra a empresa.

"O faturamento e os resultados do grupo continuaram impactados negativamente pela guerra no Oriente Médio", indicou a gigante em um comunicado. "Não prevemos uma melhora significativa (...) até que a guerra termine", indicaram os diretores da empresa em uma áudioconferência com analistas.

O McDonald's foi alvo de críticas depois que sua franquia em Israel decidiu oferecer, em novembro, comida de graça ao Exército israelense.

A empresa anunciou em 4 de abril um acordo para comprar o grupo Alonyal, proprietário de 225 restaurantes em regime de franquia em Israel. Esse grupo administrava os restaurantes da rede há mais de 30 anos.

A rede indicou que o efeito do boicote também é sentido em países majoritariamente muçulmanos como Malásia e Indonésia, ou com grande população muçulmana como a França.

Cerca de 95% dos mais de 42.000 restaurantes localizados em 115 países são franquias que pagam royalties ao grupo após comprar a licença da marca.

O grupo forneceu assistência "insignificante" na forma de abatimentos de royalties ou pagamentos diferidos a algumas franquias. Essa despesa foi mais do que compensada pelo aumento das vendas no Japão, na América Latina e na Europa.

A receita do grupo cresceu 5% no primeiro trimestre, chegando a US$ 6,17 bilhões (31 bilhões de reais), e o lucro líquido aumentou 9%, chegando a US$ 1,93 bilhão (9,8 bilhões de reais). O lucro por ação foi de US$ 2,70, 2% maior do que no mesmo período do ano passado, em linha com os US$ 2,72 esperados pelos analistas.

Em 2024, o grupo investirá entre 2,5 e 2,7 bilhões de dólares (entre 12,7 e 13,8 bilhões de reais), metade disso para abrir novos restaurantes, mais de 2.100 locais no total, dos quais 1.600 fora dos Estados Unidos.

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