MEC zerou contas dos institutos federais, dizem entidades
Bloqueios são feitos no orçamento discriminado, aquele na qual o governo federal consegue cortar porque não são gastos obrigatórios, como salários e aposentadorias
O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) informou nesta segunda-feira (28) que o governo federal zerou as contas dos instituos federais. As escolas ainda contabilizam o tamanho do bloqueio que, por conta da proximidade do fim do ano, deve virar corte, avaliam os dirigentes.
Este ano, a rede já perdeu R$ 168 milhões em julho. Na vésperas da eleição, o Ministério da Educação (MEC) chegou a realizar um bloqueio de R$ 147 milhões e, dias depois, liberou o orçamento após uma intensa repercussão negativa.
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As universidades também tiveram novos bloqueios. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a estimativa é que a rede federal perdeu R$ 244 milhões, que se somariam com os mais de R$ 400 milhões cortados em junho.
Os bloqueios são feitos no orçamento discriminado, aquele na qual o governo federal consegue cortar porque não são gastos obrigatórios — como salários e aposentadorias.
No entanto, essa verba é fundamental para o funcionamento das universidades. É com ela que se paga contas de água, luz, segurança e manutenção, além de investimentos em pesquisa, bolsas e auxílios a estudantes carentes.