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SAÚDE

Médica descobre seu próprio câncer de cólon e compartilha os dois sintomas que detectou

Especialista percebeu que não era algo benigno quando a massa em seu ovário cresceu de 8cm para 24cm em menos de duas semanas

Juyia agora tenta encorajar outras pessoas a estarem atentas aos primeiros sinais de alerta da doença Juyia agora tenta encorajar outras pessoas a estarem atentas aos primeiros sinais de alerta da doença  - Foto: Reprodução/ Instagram

A ginecologista Lauren Juyia descobriu seu próprio câncer de cólon em estágio 4 ao apresentar dois sintomas, considerados leves por ela, que não são muito comuns.

Segundo a médica, ela mesmo não teria descoberto a doença se não soubesse o que procurar. Em entrevista ao programa de televisão americano, Good Morning America, ela conta que começou a se sentir cansada em agosto de 2022, mas inicialmente atribuiu isso apenas a fazer parte da vida.

O cansaço, porém, veio acompanhado por uma sensação de “peso pélvico” que a deixou com um incômodo de que algo estava errado. Quando a sensação se transformou em uma “massa pélvica”, ela decidiu fazer um ultrassom que descobriu uma massa maior do que o esperado no ovário.

“Tendo formação em obstetrícia, descrevemos o tamanho por semanas de gravidez e então eu percebi que tinha uma massa do tamanho de 16 semanas. Por experiência própria, pude dizer que este era o meu ovário”.

A médica percebeu que não era algo benigno quando a massa cresceu de 8cm para 24cm em menos de duas semanas. “Nunca tinha visto nada benigno crescer tão rápido”, disse ela suspeitando que as massas seriam cancerígenas. Após os exames, veio o diagnóstico de câncer de cólon.

Juyia começou seis meses de tratamentos de quimioterapia, mas continuou trabalhando como forma de distrair sua mente da batalha que estava enfrentando. Em março do ano passado, ela passou por mais uma cirurgia para remover um tumor inativo e, na época, os exames mostraram que ela “não tinha nenhuma evidência de doença”.

Hoje, ela tenta espalhar a conscientização sobre os sintomas menos conhecidos do câncer de cólon e encorajar outras pessoas a estarem atentas aos primeiros sinais de alerta da doença.

Sintomas
O câncer de intestino, também conhecido como de cólon ou colorretal, é o terceiro mais comum no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata, segundo números do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O órgão estima que foram 45,6 mil novos diagnósticos em 2023, além de 21,3 mil mortes.

 

Os sintomas, de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), incluem:

Presença de sangue nas fezes;

Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);

Dor ou desconforto abdominal;

Fraqueza e anemia;

Perda de peso sem causa aparente;

Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);

Massa abdominal.

Quais são as causas do câncer de cólon?
O câncer colorretal é mais comum em pessoas a partir dos 50 anos de idade, mas estudos recentes mostram que a doença está se tornando mais frequente em adultos jovens. Pessoas nascidas por volta da década de 1990 têm o dobro do risco de desenvolver câncer de cólon e quatro vezes o risco de ter câncer retal, em comparação com aquelas nascidas quatro décadas antes. Ainda não se sabe o porquê disso, mas acredita-se que a alimentação moderna, com o consumo de alimentos processados, carne vermelha e até mesmo bebidas adoçadas com açúcar podem ter algum papel nisso.

Quais são os fatores de risco do câncer de cólon?
Além da idade, os fatores de riso incluem histórico familiar, excesso de peso, alimentação não saudável, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn.

Qual é o tratamento para o câncer de cólon?
O câncer colorretal é altamente tratável se detectado precocemente. Os testes podem detectar crescimentos pré-cancerosos e removê-los. Por outro lado, quando o tumor é encontrado em fase mais avançada e se houver metástase para outros órgãos, como fígado e pulmão, as chances de cura ficam reduzidas.

O tratamento inicial consiste em cirurgia para retirada da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor.

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