Medicamento usado no tratamento de síndrome associada à Covid-19 está em falta em Pernambuco
Um dos principais medicamentos usados no tratamento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), associada à Covid-19, a imunoglobulina humana, está em falta em Pernambuco. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (27) pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa transmitida pela internet. Na última terça (25), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou a primeira morte de uma menina de 11 anos que não resistiu às complicações da síndrome. Além dela, outras oito crianças tiveram diagnóstico positivo para SIM-P.
André Longo afirmou que a responsabilidade pela aquisição e distribuição da imunoglobulina é do Governo Federal. “Infelizmente temos tido um fornecimento irregular desse insumo que é importante não só para essa síndrome, mas para outras doenças também”, disse o secretário. Reuniões com gestores municipais, estaduais e o ministro da Saúde estão sendo realizadas sobre o assunto.
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Ainda segundo Longo, o Governo do Estado se adiantou para adquirir o produto. “A gente já entrou em contato com o fornecedor para a aquisição, o mais rápido possível, desse insumo. A gente espera estar, no final da semana que vem, com a aquisição de mil ampolas que normalmente é o suficiente para trinta dias”, disse.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, nos últimos dias não houve novas notificações da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. “É natural que os serviços estejam se adaptando a esse protocolo para a identificação de casos suspeitos, que devem ser notificados. É uma condição de notificação compulsória. Deverá ser notificado todo caso que preencham os critérios de ter exposição a Covid-19 e tenham os sintomas que caracterizam a síndrome posteriormente”, falou.
Nesta sexta-feira (28), será realizada um encontro entre representantes da SES e do setor de pediatria, segundo André Longo. “Mas sempre lembrar que é uma afecção rara. A própria doença Covid-19 acomete crianças com uma condição de menor gravidade. De todos os casos graves que tivemos em Pernambuco apenas 2,5% acometeram crianças de até 14 anos. É preciso que as pessoas tenham tranquilidade em relação a essa condição para que não se gere um pânico desnecessário”, disse.