Médico chama Lula de "bandido" e diz que não vai atender quem votou no petista; áudio viraliza
Áudios foram gravados no dia 30 de outubro, durante o segundo turno das eleições
Áudios de um médico do Mato Grosso do Sul nos quais ele afirma que recusaria atendimento a pacientes petistas vazaram nas redes sociais nessa quinta-feira (3).
Em uma das gravações, o médico Ygor José Saraiva, diretor clínico do Hospital Regional de Nova Andradina (MS), afirma "Quem vota em bandido tem de tomar no c*, porque o Lula é bandido e quem vota em bandido, bandido é".
Em um outro trecho do áudio, o médico diz: "Quem vota no Lula e chegar lá no hospital vai morrer porque eu não vou ajudar".
DENÚNCIA: Médico bolsonarista diz que não vai atender eleitores do Lula em hospital de Nova Andradina-MS:
— CHOQUEI (@choquei) November 3, 2022
“Quem votou no Lula e chegar no hospital, vai morrer, porque eu não vou ajudar. Quem vota em bandido tem que tomar no cu. Nós aqui é Bolsonaro. pic.twitter.com/3ApwEBDT7U
Os áudios foram gravados no dia 30 de outubro, durante o segundo turno das eleições. A autoria da gravação foi confirmada pelo médico, que publicou uma nota sobre o caso na manhã desta sexta-feira (4).
"Menciono que não dirigi as palavra diretamente a qualquer pessoa em particular, sim fazendo brincadeira com meu amigo que ali se encontrava, sendo que tais palavras, naquele momento, foram obtidas por meio de gravação sem meu conhecimento ou consentimento. [...] Longe de mim prejudicar alguém, pois nunca omiti socorro, e nunca o farei em qualquer circunstância quando do atendimento a quem quer que seja, sem distinção de raça, cor, credo ou mesmo posição política qualquer que seja, atendendo a todos como iguais", afirmou o médico Ygor José Saraiva.
Leia também
• Espaços culturais do Recife ampliam horário de funcionamento
• Recife faz mutirão de vacinação contra Covid-19, gripe e pólio em 10 locais neste fim de semana
• Recife recebe "Ensaios da Anitta" em janeiro; ingressos começam a ser vendidos nesta segunda (7)
Por meio de nota, o Hospital Regional de Nova Andradina, onde Ygor atua como diretor, informou que, diante das circunstâncias, a unidade de saúde "determinou abertura de processo administrativo para averiguação dos fatos" e que medidas jurídicas estão sendo tomadas.
"O Hospital tem total compromisso com a população, repudiando qualquer tipo de discriminação social e política, construindo uma cultura de respeito, urbanidade e civilidade entre a população nesse momento que vivemos", informa a nota.